Setor de serviços avança 1,2% e tem melhor agosto desde 2011
Segundo o IBGE, o resultado ainda não pode ser considerado o início de uma arrancada
O setor de serviços cresceu 1,2% em agosto, na comparação com o mês anterior. É o melhor resultado para o mês desde 2011. Contudo, o volume de serviços prestados no país ainda está 11,5% abaixo do patamar mais alto já registrado pela Pesquisa Mensal de Serviços, observado em novembro de 2014. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado positivo foi puxado pela atividade de transportes, que cresceu 3,2% e recuperou parte da perda de 3,9% registrada em julho. As passagens aéreas foram as maiores responsáveis pela alta. “A inflação [dos bilhetes aéreos] caiu e puxou para cima a receita do setor”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Na comparação com agosto de 2017, houve alta de 1,6%. No acumulado dos 12 meses, a queda é de 0,6%.
O IBGE também destacou os resultados positivos nos segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,2%, recuperando integralmente a perda de 1,1% em julho) e de outros serviços (1%).
“Essa instabilidade no mês a mês ainda faz parte do distúrbio causado pela greve dos caminhoneiros na pesquisa”, disse Lobo. “O resultado de agosto ainda não pode ser considerado o início de uma arrancada, até por que o movimento parece pontual e os indicadores antecedentes já apontam para uma queda em setembro”.
Do outro lado, os serviços de informação e comunicação (-0,6%) e os prestados às famílias (-0,8%) foram as principais influências negativas do setor em agosto.
Apesar dos ganhos apresentados no mês, o setor de serviços ainda enfrenta um quadro de desemprego elevado no Brasil que limita a atividade, aliado a uma conjuntura política e econômica que amplia as incertezas tanto entre consumidores quanto entre empresários.
(Com Reuters)