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Senado aprova MP que muda regras do Fies

Uma das mudanças é o fim da carência de 18 meses após a formatura para os estudantes começarem a pagar o financiamento

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h55 - Publicado em 8 nov 2017, 19h45

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira a medida provisória (MP 785/2017) que reformula o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Como o texto já havia sido aprovado na Câmara, a MP segue agora para a  sanção presidencial.

As novas regras valem para os contratos fechados a partir de 2018. Os contratos em curso seguem com as regras antigas.

Entre as principais mudanças está o fim da carência de 18 meses após a formatura para os estudantes começarem a pagar o financiamento. Agora, as parcelas começam a ser pagas assim que terminar a faculdade.

Segundo o governo, a medida servirá para diminuir a inadimplência do programa, que hoje gira em torno de 46%. Se o recém-formado não tiver conseguido um emprego, terá que continuar pagando uma parcela mínima, parecida com a que pagava durante o curso. Se já estiver trabalhando, a parcela poderá corresponder a até 20% da sua renda.

Outra mudança é a redução das taxas de juros do financiamento de 6,5% ao ano para zero. Outra alteração é a exigência, já para 2018, de adesão das faculdades interessadas a um fundo de garantia.

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Na Câmara, os parlamentares também incluíram na MP uma espécie de “Refis” aos estudantes para dar melhores condições de quitar débitos com as universidades, em um modelo parecido com o aprovado recentemente para beneficiar empresas e pessoas físicas. Pelo texto, eles poderão ter descontos de até 50% do valor devido ou parcelar a dívida em até 175 vezes.

Já em termos financeiros, a principal mudança foi a ampliação do aporte do Tesouro ao Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies). Esse fundo será capaz de cobrir uma taxa de inadimplência de até 25% dos contratos, ante 10% do modelo antigo. Originalmente, o governo havia prometido depositar 2 bilhões de reais, mas o texto coloca um limite de até 3 bilhões de reais para esse aporte.

Essas regras valem para o Fies 1, no qual o governo vai compartilhar o risco do financiamento com as universidades privadas. Esse tipo de financiamento estará disponível para estudantes com uma renda per capita mensal familiar de três salários mínimos.

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Nas outras duas novas modalidades do Fies, os estudantes terão de negociar o empréstimo com bancos privados, inclusive a forma de pagamento. O Fies 2 terá como fonte de recursos fundos constitucionais regionais, para alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos e será destinada a estudantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Já o chamado Fies 3 terá como fontes de recursos o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e fundos regionais, para estudantes de todo o país com renda familiar per capita mensal de até cinco salários mínimos.

A revisora da matéria, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), afirmou que a MP é uma forma de salvar o Fies. Segundo a senadora, “da forma como está hoje, é um programa totalmente inviável”.

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Lúcia Vânia disse que o país ainda tem a necessidade do apoio do governo no financiamento da educação superior. Ela apontou, porém, que uma série de decisões equivocadas, tanto do ponto de vista de gestão quanto do econômico, comprometeu o programa. Assim, argumentou a senadora, o governo acertou com a edição da medida.

(Com Agência Senado e Estadão Conteúdo)

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