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Sanções árabes afetam petróleo e autoridades sírias

Por Da Redação
1 dez 2011, 11h23

Por Douglas Hamilton

BEIRUTE (Reuters) – A Liga Árabe colocou algumas pessoas importantes da Síria em uma lista de proibição de viagens nesta quinta-feira, enquanto ministros de Relações Exteriores da União Europeia preparavam uma série de sanções econômicas contra o presidente Bashar al-Assad para pressioná-lo a parar com a repressão militar aos protestos populares.

A crise da Síria eclodiu em março com o levante nas ruas inspirado por revoltas pró-democracia em outros lugares do mundo árabe. Mas por causa da política linha-dura de Assad contra os manifestantes, a Síria pode estar caminhando para uma guerra civil, já que alguns soldados e oficiais desertaram com suas armas para combater tropas leais ao presidente.

Um encontro do comitê da Liga Árabe no Cairo listou 17 pessoas impedidas de viajar para os países árabes, incluindo o irmão de Assad, Maher, que comanda a Guarda Republicana e é o segundo homem mais poderoso da Síria.

A agência de notícias estatal egípcia disse que a lista negra faz parte de uma política de sanções adotada no final de semana por 19 dos 22 membros da Liga e inclui os ministros da Defesa e do Interior, autoridades de inteligência e oficiais militares sêniores.

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O Iraque e o Líbano, vizinhos da Síria que possuem relações estratégicas e comerciais com a Síria, não quiseram se juntar à campanha de sanções da Liga.

O comitê da Liga encarregado de supervisionar sanções também recomendou interromper voos provenientes e direcionados à Síria a partir de meados de dezembro. Mas disse que as vendas de trigo, remédios, gás e eletricidade devem ser excluídas do embargo.

O pacote de sanções deve ser finalizado até sábado.

Em Bruxelas, ministros de Relações Exteriores da UE devem anunciar uma nova rodada de sanções, acrescentando pessoas e empresas a uma lista de alvos já escolhidos e colocando na lista negra a estatal de petróleo síria General Petroleum Corporation (GPC).

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Grandes petrolíferas como a Royal Dutch Shell e a francesa Total podem ver suas joint-ventures na Síria interromperem os trabalhos já que a GPC entrará na lista de empresas a sofrer sanções, informaram fontes diplomáticas à Reuters na quarta-feira.

Já listada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos, a GPC é responsável por supervisionar joint-ventures na Síria. Royal Dutch Shell e China National Petroleum Corporation são parceiras da GPC por meio da venture Al-Furat.

“A GPC estaria incluída, o que forçaria as empresas europeias lá a declararem ‘força maior’ (submetendo-se a um evento que não puderam prever ou controlar)”, disse uma fonte diplomática europeia.

O maior aperto nas sanções pode ser uma reação a evidências de que a Síria retomou as exportações de petróleo depois de uma primeira rodada de sanções sobre importações europeias, que forçaram uma pausa temporária no fluxo.

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Shell e Total, bem como a britânica Gulfsands, possuem investimentos na Síria e foram forçadas a cortar a produção no país por falta de capacidade de estocagem.

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