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Samsung sai na frente no 5G e fecha negócio de US$ 6,6 bi com a Verizon

Governo dos Estados Unidos faz lobby para deixar a chinesa Huawei de fora da evolução da telefonia celular; no Brasil, Bolsonaro diz que ele é quem decide

Por Josette Goulart Atualizado em 7 set 2020, 14h43 - Publicado em 7 set 2020, 14h40

Enquanto o governo americano vai limando os chineses da Huawei do avanço da tecnologia 5G de telefonia móvel, a sul-coreana Samsung busca aproveitar os espaços abertos. Anunciou, nesta segunda-feira, 7, um acordo de 6,6 bilhões de dólares até 2025 com a venda de equipamentos para a Verizon, uma das maiores empresas de telefonia americana. Em reais, é um negócio de mais de 30 bilhões de reais.  Os coreanos não tem nem 5% do mercado mundial de equipamentos para a operação de redes de telefonia, mas o negócio anunciado hoje indica que ela pode ser uma das grandes beneficiadas do esforço americano para evitar que os chineses se enfraqueçam nas vendas para a quinta geração de redes. O presidente Donald Trump tem sido um lobista mundial na tentativa de tirar os chineses da concorrência, inclusive no Brasil, sob a justificativa de que a Huawei monitoraria e repassaria informações de ocidentais para o governo chinês. 

A Huawei é uma gigante chinesa com quase 30% do mercado mundial do segmento, mas vem sofrendo sanções cada vez maiores. No mês passado, o governo americano baniu a venda de qualquer chip que use tecnologia detida pelo país para empresas chinesas, atingindo em cheio os aparelhos da Huawei, que também fabrica telefones celulares. Sob pressão, o Reino Unido também já avisou que não vai permitir a compra de equipamentos da marca chinesa para os projetos no país.

O presidente Jair Bolsonaro disse na sua última live de quinta-feira que ele é quem vai decidir sobre o leilão de 5G no Brasil, e indicou que a questão de espionagem pode influenciar a sua decisão. “Não é da minha cabeça apenas. Eu converso com o general Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Converso com o Ramagem, chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Converso com o Rolando Alexandre, que é diretor-geral da Polícia Federal. E com mais inteligências do Brasil, com gente mais experiente. Converso com o governo americano. Converso com várias entidades, países, o que temos de prós e contras”, disse. Os Estados Unidos já chegaram a oferecer até financiamento ao Brasil, caso decida deixar os chineses de fora.

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No mundo hoje, as principais fornecedoras de equipamentos de telefonia, além da Huawei, são as escandinavas Ericsson e Nokia, com a Samsung correndo por fora. O temor de algumas empresas de telefonia é que, caso a atuação da Huawei seja impedida no Brasil, a falta de competição acabe prejudicando o consumidor final. Ou seja, que o uso do telefone fique mais caro. O leilão para a instalação da frequência de 5G, no Brasil, deve acontecer apenas no ano que vem. Dependendo do resultado das eleições americanas, o contexto pode mudar para a Huawei. De qualquer forma, o anúncio da Samsung nesta-segunda feira colocou mais um concorrente de peso na disputa.

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