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Romeu Zema: “Trabalhamos pela burocracia desde o Império”

Em fala no evento Brazil at Silicon Valley, que reúne executivos e empresários na Califórnia, governador de Minas critica o velho sistema brasileiro

Por Filipe Vilicic, de Palo Alto (Califórnia)
9 abr 2019, 14h43

“Nós não trabalhamos para produzir e desenvolver, mas pela burocracia. Desde o Império”. O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) fez, ontem (8), uma dura análise do sistema de produção brasileiro na primeira conferência Brazil at Silicon Valley, promovida por alunos da Universidade Stanford e que ocorre nesta semana em Palo Alto (Califórnia).

Zema, diferentemente da maioria dos outros brasileiros presentes – que se apresentavam majoritariamente para seus conterrâneos –, fez questão de falar em português, não em inglês, levando um de seus interlocutores, Ron Bougamin, do fundo de investimentos Govtech Fund, a necessitar de tradução simultânea. Quando Bougamin fez piada com o fato de ter de ouvir Zema falando em português, o governador parece ter dado uma risada de canto.

“A gestão anterior de Minas tinha parado um projeto no qual se gastou 90 milhões de reais. Vou retomar”. Zema reclamou de como investimentos públicos no Brasil são guiados por interesses, digamos assim, estranhos, que beneficiam mais amizades e laços políticos, não a população. “São obstáculos e acabam dificultando”.

O político frisou como não há “concorrência nos Estados” o que “dificulta a entrada de parceiros externos”. “Se alguém chega com um projeto com proposta de economizar 200 milhões de reais por ano para Minas, não temos condição de aceitar, pelo processo de licitação, pela resistência do próprio funcionalismo, pela cultura que se opõe a mudanças mais abruptas”.

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O Brazil at Silicon Valley visa fomentar o ecossistema de inovação nacional e atrair investimentos para o país. Da parte do poder público, Zema destacou ainda, e por exemplo, que a “transparência é fundamental”. Também destacou que seria preciso diminuir “excessos” do “Legislativo”, principalmente em pequenas cidades. Sobre isso, afirmou: “Criamos uma estrutura monstruosa”.

Dentre outros tópicos, o governador de Minas também frisou que falta experimentar mais negócios no Brasil. Dentre outras iniciativas, sugeriu apoio à liberação de jogos de azar como forma de criar empregos e gerar lucro.

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