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Reunião entre Lula, Haddad e Petrobras deve selar solução para gasolina

Ministério da Fazenda confirmou a reoneração dos combustíveis a partir desta quarta; petroleira pode baixar preço na refinaria sem mexer no PPI

Por Larissa Quintino Atualizado em 28 fev 2023, 08h43 - Publicado em 28 fev 2023, 08h33

Depois de uma segunda-feira intensa de reuniões para resolver o imbróglio da volta da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis, pelo menos mais um encontro acontece nesta terça-feira, 28, antes da oficialização da reoneração da gasolina e do etanol. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne às 9h30 com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para alinhar uma solução que diminua o impacto da volta da cobrança do PIS/Cofins no bolso do consumidor.

A Fazenda confirmou a reoneração da gasolina e do etanol, com impacto de 28 bilhões de reais na arrecadação, mas não detalhou as alíquotas. Na noite de segunda-feira, Haddad afirmou para jornalistas que a Petrobras pode usar um “colchão” para absorver parte do impacto do aumento dos combustíveis. Para isso, não seria necessário mexer na política de paridade internacional, o chamado PPI. “[O uso do colchão] dentro do PPI significa respeitar o PPI. Significa que a atual política de preços da Petrobras tem um colchão que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis e ele pode ser utilizado”,  disse. A última vez que a Petrobras ajustou o preço da gasolina foi em 25 de janeiro, com elevação de 7,46% no litro na refinaria.

Atualmente, o combustível vendido pela Petrobras está 7% mais caro que no mercado internacional, ou 21 centavos nas refinarias, segundo a Abicom, associação dos importadores de combustíveis. O impacto do aumento do PIS/Cofins e Cide combustíveis para o consumidor é de 0,69 centavos na bomba, segundo cálculos também da Abicom. Segundo a equipe de comunicação do Ministério da Fazenda, a alíquota de combustíveis fósseis será maior que a de biocombustíveis.

A modificação do PPI foi uma promessa de campanha de Lula e desagrada o mercado financeiro, que teme o aumento de interferência do governo como a política de congelamento de preços adotada no governo de Dilma Rousseff (PT). Na última sexta-feira, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, defendeu que o governo mantivesse a desoneração dos combustíveis, uma medida herdada da gestão de Jair Bolsonaro, até que o Conselho da Petrobras se reunisse em abril para discutir a política de preços. A ala política do PT teme o impacto que a alta no preço da gasolina pode ter na popularidade do presidente, em especial na classe média.

A desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis foi uma medida aprovada pelo Congresso Nacional em julho passado com a articulação do governo de Jair Bolsonaro. A medida que também fixou um teto permanente de ICMS sobre o combustível nos estados determinou a isenção dos impostos federais nos combustíveis até dezembro de 2022. O governo Lula prorrogou a medida por 60 dias para gasolina e etanol, prazo que vale até esta terça-feira, e estendeu até o fim do ano a isenção sobre o diesel e o gás de cozinha.

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