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Qual o futuro do mercado de papel e celulose no Brasil?

Chegada da Paper Excellence deve impulsionar setor no país, o que inclui a ampliação da capacidade produtiva e da geração de empregos até 2021

Por Vanessa Daraya, de Abril Branded Content
Atualizado em 14 out 2019, 14h51 - Publicado em 2 out 2019, 15h21

O cenário global tem sido positivo para o setor de celulose no Brasil. Segundo levantamento da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), as exportações do setor aumentaram 10,7% em 2018, atingindo 15,8 milhões de toneladas fabricadas. E a expectativa é que o mercado continue crescendo nos próximos anos. Projetos que visam à ampliação de plantios, de fábricas e novas unidades são da ordem de 14 bilhões até 2020. E, para completar, a chegada da gigante Paper Excellence ao país deve impulsionar ainda mais o mercado.

Com sede administrativa no Canadá, a empresa é uma das maiores fabricantes de papel e celulose do mundo. Em funcionamento desde 2007, a companhia cresce ano a ano com aquisições estratégicas pelo mundo.

Atualmente, há 11 unidades fabris da Paper Excellence em países como Canadá e França, que produzem anualmente 4,4 milhões de toneladas de papel e celulose. E a empresa injeta 5 bilhões de dólares todos os anos nas economias canadense e francesa, por meio de salários, pagamento de impostos, compras de bens e serviços e apoio a empregos indiretos.

A empresa tem clientes em mais de 50 países. E o Brasil é o próximo alvo da companhia.

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Aposta no Brasil

Por aqui, a chegada da Paper Excellence está atrelada à compra da Eldorado, uma das principais produtoras de celulose do país, com capacidade de produção de 1,7 milhão de toneladas por ano. “O Brasil sempre esteve nos planos de investimento da empresa. É uma região estratégica, cujo setor é muito competitivo”, afirma Jackson Wijaya, chairman do Grupo Paper Excellence.

Além do complexo industrial em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a Eldorado tem uma vasta base florestal no mesmo estado, onde ocupa uma área superior a 230 000 hectares. Também possui um viveiro em São Paulo, com capacidade de produção de 26 milhões de mudas de eucalipto por ano, algo de muito interesse para a Paper Excellence.

Como a empresa já atua fortemente na produção de celulose de fibra longa, usada na produção de papéis que exigem maior resistência e durabilidade, como papel-cartão, embalagens ou papéis especiais, o Brasil é uma oportunidade de expandir sua atuação, já que somos o quarto maior produtor de celulose de fibra curta do mundo, boa parte vinda do eucalipto. “O país está em uma região boa para o desenvolvimento de florestas do eucalipto, com disponibilidade e qualidade de terra, clima ameno e topografia favorável”, explica Claudio Cotrim, presidente da Paper Excellence no Brasil.

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A celulose de fibra curta é ideal para produção de papéis mais macios e leves, usados para imprimir e escrever, e também para conforto e higiene pessoal, como guardanapo, papel higiênico, papel toalha, entre outros. Além da excelente produtividade, o eucalipto também é sustentável, pois reduz a quantidade de carbono na atmosfera, o que ajuda na redução do efeito estufa. “Esses fatores contribuem para a fabricação de uma matéria-prima de qualidade e baixo custo, com alto índice de produtividade: desenvolvimento em seis ou sete anos, bem mais rápido que em outros países”, ressalta Jackson.

A compra da Eldorado é uma das maiores transações financeiras e empresariais da história brasileira. A aquisição foi negociada em etapas. Em 2017, a Paper Excellence adquiriu 49,41% das ações da Eldorado por 3,8 bilhões de reais. Ainda falta a compra dos outros 50,59%, o que pode levar mais um ano.

A finalização da operação representará uma injeção total de 31 bilhões de reais na economia brasileira até 2021. “Esse valor inclui o projeto de expansão na fábrica de Três Lagoas, que deve gerar 3 500 empregos adicionais diretos, além da liquidação das dívidas da Eldorado com bancos e credores”, explica Cotrim.

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Trata-se de um investimento de longo prazo tanto para a Paper Excellence quanto para o Brasil, que também ganha com a chegada da empresa por aqui.

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