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Brasil cria 372 mil vagas CLT em agosto, puxado novamente por serviços

Segundo o Caged, cerca de 69% das vagas formais vieram de serviços e comércios, atividades que se beneficiam diretamente do aumento de circulação de pessoas

Por Larissa Quintino Atualizado em 1 out 2021, 21h16 - Publicado em 29 set 2021, 10h32

O mercado de trabalho brasileiro chegou a seu oitavo mês consecutivo com a criação de vagas com carteira assinada. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira, foram criadas 372.265 postos CLT no mês.

Os números é o saldo entre 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos relatados no Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. No ano, segundo o Ministério, são 2,2 milhões de vagas formais geradas.

Mais uma vez, o principal motor da recuperação do emprego com carteira, foi o setor de serviços. Das 372 mil vagas criadas em agosto, 180 mil, equivalente a 48,5%, foram abertas pelo setor. O percentual é maior que no mês passado, quando 40% do saldo total veio dos serviços. Com o avanço da vacinação e a maior circulação de pessoas, o setor que teve a atividade muito deprimida em 2020, pois depende em grande parte de atendimento presencial, vem em recuperação. Juntando com o comércio, que também se beneficia com a maior circulação de pessoas, o saldo chega a 258.429 no mês, cerca de 69% das vagas, acima dos 64% do mês anterior.

Maior setor do PIB, o setor de serviços empregava, em 2019, no pré-pandemia, 12,8 milhões de brasileiros, Daí, a importância do aumento da contratação pelo setor.

O Ministério do trabalho destaca que houve aumento da contratação em todos os estados e grupamentos de atividades no mês. “É uma boa notícia. O crescimento foi mais uniforme e mais distribuído”, comemorou o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni.  “Esse crescimento e o acumulado de janeiro a agosto, com 2,2 milhões de empregos, mostram a importância da retomada da economia brasileira, ainda em período de pandemia, mas com a flexibilização das atividades. É uma retomada sustentável e extremamente relevante para o presente e futuro do nosso país”, disse. Apesar de comemorar o aumento da circulação de pessoas, Onyx pouco relacionou a vacinação à melhora do mercado de trabalho. Creditou o cenário à reabertura e à sobrevivência das empresas durante o período de “fecha tudo, tranca tudo” devido a medidas como o BEm, o auxílio emergencial e o Pronampe, de crédito para pequenas empresas. Apenas no fim de sua fala a imprensa, destacou os dados de imunização do Brasil.

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No caso do BEm, a estabilidade contribui para os dados da empregabilidade no mês. Segundo as regras do programa, que vigorou por oito meses em 2020 e quatro de 2021, o trabalhador que teve o contrato suspenso ou a jornada reduzida conta com estabilidade provisória pelo mesmo tempo que teve seu contrato suspenso. Em agosto, 2,7 milhões de trabalhadores ainda contarão com a estabilidade. O patamar vai diminuindo progressivamente, mas chegará em dezembro com 1,4 milhão de trabalhadores ainda com o direito a estabilidade.

Metodologia

Cabe ressaltar que o Caged capta apenas o comportamento do mercado formal, ou seja, números de carteiras assinadas que são informadas pelos empregados ao governo, e não os dados de desemprego do país, compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego no Brasil está em 14,1% no trimestre encerrado em junho, com mais de 14 milhões de desempregados. Na quinta-feira, o instituto deve divulgar os dados de julho.

O descompasso entre a taxa de desocupação e a criação de vagas formais está diretamente ligada à recuperação da economia e é percebido desde meados do ano passado. Com atividades voltando a funcionar e os indicativos de melhora, mais gente passou a procurar emprego. A taxa de desocupação do IBGE considera desempregados somente aqueles que ativamente procuram por uma vaga. A melhora do mercado formal é importante, mas é difícil que haja absorção de toda a força de trabalho, que também passa por trabalhadores informais.

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