A produção industrial registrou em abril uma queda de 0,7% em relação a março, sem considerar as sazonalidades, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do primeiro recuo registrado neste ano. Frente a abril de 2009, porém, o setor registrou expansão de 17,4%.
O resultado negativo da atividade industrial reflete a queda de 12 ramos analisados, um com crescimento nulo e 14 assinalando expansão na produção. Entre aqueles que apontaram recuo, os principais impactos negativos vieram de bebidas (-11,0%), celulose e papel (-6,1%), outros produtos químicos (-3,5%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-11,3%) e veículos automotores (-1,7%).
Entre as atividades que aumentaram a produção, o desempenho de maior importância veio de refino de petróleo e produção de álcool (12,8%), recuperando o recuo de 9,1% do mês anterior, que havia sido influenciado pelas paralisações ocorridas em unidades produtivas do setor. Vale citar, também, o comportamento positivo dos ramos de alimentos (1,5%), outros equipamentos de transporte (4,9%), indústrias extrativas (1,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (4,1%) e metalurgia básica (1,7%).
Ainda na comparação com março, nos índices por categorias de uso, somente bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) assinalaram resultado negativo, interrompendo quatro meses de crescimento, período em que acumularam ganho de 5,5%.
Na análise dos índices por quadrimestres, o setor industrial apontou expansão de 18,0% nos quatro primeiros meses de 2010, resultado mais elevado da série histórica nesse tipo de confronto e bem mais intenso que o observado no terceiro quadrimestre de 2009 (2,2%).
Mesmo com o resultado negativo na passagem de março para abril, a trajetória da produção industrial permanece em expansão, apoiado nos avanços de todas as categorias de uso, especialmente, bens de capital.