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Produção de automóveis cresce quase 7% até abril, diz Anfavea, que monitora a Selic com apreensão

Montadoras também registram alta de 48% nas exportações no quadrimestre

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 Maio 2025, 16h27

A produção de automóveis no Brasil entre janeiro e abril registrou uma alta de 6,7% em comparação com o acumulado dos mesmos meses de 2024, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As mais de 811 mil unidades fabricadas nos primeiros quatro meses de 2025 representam o maior volume para o período desde 2019. Apenas no mês de abril, foram 228,2 mil veículos produzidos, também o maior número em seis anos. A alta de abril ficou em 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, já na comparação com março, a escalada foi de mais de 20%.

As vendas de carros subiram 6,7% em abril em relação ao mês imediatamente anterior, mas caíram cerca de 7% quando comparadas às vendas registradas no mesmo mês do ano passado. Quase 209 mil veículos foram adquiridos no último mês. No acumulado do ano, mais de 760 mil carros foram vendidos no país — volume 3,4% maior que o dos primeiros quatro meses de 2024. A Anfavea pondera, contudo, que os veículos importados ganharam participação no mercado, com um crescimento de 18,7% nas vendas, contra 0,2% no caso dos carros nacionais. De todos os carros vendidos no Brasil no primeiro quadrimestre, 6% têm origem na China.

O Brasil exportou 46,3 mil carros no mês de abril, de modo que o acumulado do quadrimestre ficou em quase 162 mil unidades exportadas — uma alta de 47,8% em relação ao registrado nos mesmos meses do ano passado. A guinada positiva das exportações de veículos brasileiros se deve principalmente à maior demanda do mercado argentino, que comprou 6 de cada 10 carros exportados pelo Brasil no período. Há um ano, a Argentina comprava menos de 35% das exportações do setor.

Apesar dos números positivos apresentados pelo setor automotivo brasileiro, as montadoras monitoram com apreensão a subida da taxa básica de juros, que chegou em 14,75% ao ano após a última deliberação do Banco Central (BC), na quarta-feira, 7. A Selic está no maior patamar em quase 20 anos — e deve seguir assim ao menos por alguns meses. A depender das próximas decisões do BC acerca dos juros, a Anfavea pode atualizar para baixo sua projeção de crescimento para o ano. Haverá “um grande problema no fluxo de emplacamentos ao longo do segundo semestre” se os juros subirem ainda mais, segundo o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

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