Previsão de economistas para inflação sobe para 4,43%

Projeções do Boletim Focus indicam que dólar deve terminar o ano cotado a 3,81 reais

Por Redação
Atualizado em 15 out 2018, 09h28 - Publicado em 15 out 2018, 08h54

IPCA-15: Indicador acelera acima do previsto em janeiro — Economistas consultados pelo Banco Central subiram a projeção para a inflação - agora eles esperam 4,43% para 2018 (Mario Rodrigues/VEJA)

Pela quinta semana consecutiva, economistas consultados pelo Banco Central (BC), elevaram suas projeções para a inflação de 2018. A cada alta, fica mais próxima a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do centro da meta de inflação. A mediana das estimativas, apresentadas no Boletim Focus, desta segunda-feira 15 está em 4,43% para 2018 – na última semana, estava em 4,4%. O centro da meta para este ano é de 4,5%.

A previsão para 2019, também subiu, de 4,2% para 4,21%, pouco abaixo da meta para o próximo ano – 4,25%. Já, para 2020, a projeção ficou estável em 4%, exatamente no centro da meta válida para esse ano.

As projeções para o dólar caíram de uma semana para cá. Agora, os economistas preveem que a moeda americana deva encerrar o ano em 3,80 reais. Na semana passada, o indicador apontava para 3,83 reais. Para 2019, a expectativa é que o dólar fique em 3,75 reais, três centavos abaixo da projeção anterior.

Selic e PIB

A previsão para taxa básica de juros (Selic) permanece inalterada em 6,5% – o patamar atual – pela 20ª semana seguida. As projeções para 2019 e 2020 também permaneceram inalteradas. A expectativa é que o Banco Central eleve a taxa para 8% em 2019 e para 8,38% em 2020. Apesar de a autoridade monetária estabelecer a Selic em intervalos de 0,25 ponto porcentual, a metodologia do boletim Focus permite que o resultado da mediana das expectativas aponte para um número “quebrado”.

Em relação à atividade econômica, o país deve crescer 1,34% em 2018, de acordo com os economistas. A previsão ficou inalterada em relação à semana anterior. Eles também mantiveram a expectativa de crescimento de 2,5% para o PIB em 2019, 2020 e 2021.