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Premiê eleito na Espanha é pressionado por ação rápida anticrise

Por Da Redação
21 nov 2011, 09h58

Por Judy MacInnes e Elisabeth O’Leary

MADRI (Reuters) – O primeiro-ministro eleito da Espanha, Mariano Rajoy, estava sob pressão nesta segunda-feira para rapidamente dar detalhes sobre suas políticas anticrise, depois que seu partido de centro-direita conquistou a maior vitória eleitoral dos últimos 30 anos.

A crise de dívida da zona do euro fez do governo de Madri sua quinta vítima na votação de domingo, após ter derrubado líderes em Grécia, Portugal, Irlanda e Itália. Assim, os eleitores espanhóis puniram os socialistas pela crise, que levou o desemprego para 21 por cento — a maior taxa da União Europeia.

Sob o longo processo de transição da Espanha, Rajoy não será empossado até por volta de 20 de dezembro, mas terá pouco tempo para aproveitar a enorme vitória de seu Partido Popular (PP).

Há pressão para que Rajoy acalme o nervosismo dos mercados com algum pronunciamento sobre o que devem ser medidas dolorosas de aperto fiscal. Desde sua vitória, o novo premiê disse apenas que não haverá milagre para consertar a crise.

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A Espanha, quarta maior economia europeia, foi empurrada para mais perto de pedir ajuda externa, pois os custos de financiamento do governo dispararam na semana passada para níveis insustentáveis.

Até agora, Rajoy acenou com reformas trabalhistas e financeiras, além de mudanças significativas no setor público, mas não deu diretrizes claras de política, deixando sua ascensão ao poder dependente da irritação dos eleitores contra os socialistas.

“Não será apenas exigido que Rajoy conserte a economia, mas que ele também renove a vida política”, publicou o jornal El Mundo, de inclinação de direita, em editorial.

“Ele terá de adotar medidas impopulares, que provavelmente não serão aceitas pelos sindicatos ou pela oposição socialista”, acrescentou.

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Os espanhóis culpam o governo socialista por reagir tarde demais para administrar o colapso do boom imobiliário, que deixou a nação entrar na segunda recessão em dois anos.

“Não haverá milagres, nós não os prometemos, mas nós vimos outras vezes que quando as coisas são bem feitas, elas produzem resultados”, declarou Rajoy, 56, em discurso após a vitória.

“A voz da Espanha precisa ser respeitada novamente em Bruxelas e Frankfurt… Nós pararemos de ser parte do problema e começaremos a ser parte da solução”, disse Rajoy.

As ações e os bônus da Espanha devem reagir positivamente ao resultado da eleição, já que Rajoy, um ex-ministro do Interior, é considerado pró-mercado, embora a vitória fosse antecipada há meses em pesquisas de opinião.

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(Reportagem adicional de Tomas Cobos, Nigel Davies, Martin Roberts e Carlos Ruano em Madri)

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