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Por que o mercado projeta inflação crescente mesmo após resultado de abril

Desaceleração do IPCA do mês joga pressão em Campos Neto, mas fim dos efeitos da deflação acumulada no ano passado pressiona indicador

Por Larissa Quintino Atualizado em 15 Maio 2023, 19h43 - Publicado em 15 Maio 2023, 08h59

Analistas de mercados consultados pelo Banco Central voltaram a elevar a projeção para a inflação oficial neste ano. A estimativa do IPCA foi revisada para 6,03% ao final do ano, ligeiramente acima dos 6,02% previstos na semana passada, mas na direção contrária da última revisão, que havia reduzido a projeção do IPCA. Com isso, a inflação oficial continua projetada acima do teto da meta para a inflação neste ano, que é de 4,75%. Já para 2024, o mercado reduziu novamente a projeção, passando de 4,16% para 4,15% nesta semana, dentro do teto de 4,50%. Os dados são do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira, 15.

A visão do mercado de um IPCA pressionado e com projeções crescentes deve ajudar a basear o Banco Central na tomada de decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%. A pressão para a redução dos juros tem sido crescente, em especial após a divulgação do resultado da inflação de abril, que desacelerou para 0,61% e no acumulado está em 4,18%, dentro do teto da meta.

Analistas e o próprio BC na última ata do Copom projetam uma aceleração da inflação no segundo semestre, já que o índice acumulado não terá mais os efeitos da isenção dos impostos dos combustíveis feita no ano passado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que culminou com três meses de deflação. Assim, a inflação tende a voltar a acelerar.

“No segundo semestre de 2023, como os efeitos das medidas tributárias que reduziram o nível de preços no terceiro trimestre de 2022 não estão mais incluídos na inflação acumulada em doze meses e ainda se terá a inclusão dos efeitos das medidas tributárias deste ano, se observará elevação do mesmo indicador”, disse o BC na ata. 

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De acordo com o Focus, o mercado segue esperando uma redução gradual nos juros para este ano, encerrando 2023 com a Selic em 12,50% e 2024 com 10%.

Para o PIB, o mercado financeiro subiu ligeiramente a projeção de crescimento, de 1% para 1,02%, para este ano. Diversos agentes financeiros revisaram as projeções após a divulgação do índice de atividade econômica do país em fevereiro, que surpreendeu ao crescer na casa de 3%. O IBC-Br de março será divulgado ao final desta semana. Já, para 2024, os analistas reduziram levemente a previsão, passando de 1,40% na semana passada para 1,38% nesta.

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