Por que a prévia da inflação desacelerou mas ainda preocupa mercado
IPCA-15 ficou em 0,58%, acima da expectativa do mercado mas abaixo de dezembro; Segundo IBGE, houve queda no preço da gasolina, mas o resto subiu
Grande tema de 2021, a inflação continua a assombrar os brasileiros em 2022. Segundo o o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial do país, o indicador acumulou alta de 0,58% em janeiro, o que representa uma desaceleração em relação a dezembro (0,78%), mas acima das expectativas do mercado, que estimava a prévia da inflação em 0,44%.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 26, oito dos nove grupos pesquisados aceleraram no mês. Os alimentos tiveram o maior peso. Com alta de 0,97%, a alimentação no domicílio ficou mais cara, com preços maiores da cebola (17,09%), das frutas (7,10%), do café moído (6,50%) e das carnes (1,15%). Além disso, habitação (0,62%) acelerou com a alta do aluguel residencial e do gás encanado.
O único grupo que desacelerou, e influenciou no resultado menor do que em dezembro, foi o de transportes — o grande vilão de boa parte de 2021. O grupo registrou deflação de 0,41, principalmente, com a queda nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%). Além disso, etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) também tiveram variações negativas no período.
O IPCA-15 é calculado com base nos preços da primeira quinzena de janeiro de 2022 e da última de dezembro.