PIB em números: gráficos mostram desempenho econômico do Brasil
Estrago causado pelo novo coronavírus na atividade econômica é desafio para a retomada
A economia do Brasil foi impactada pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus na atividade econômica. O tombo de 9,7% no PIB registrado no 2º trimestre é o pior desempenho trimestral já registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na série histórica que começou em 1996. Ou seja, os dados divulgados nesta terça-feira, 1º, representam o pior resultado em 24 anos. O estrago, como bem definiu o ministro da Economia, Paulo Guedes, é “o barulho de um raio que caiu em abril”. O ministro segue acreditando em uma forte retomada econômica pós o pior semestre da história. Porém, é preciso cautela porque os estragos do raio são grandes.
Dos setores produtivos, o único que apresentou crescimento no período foi a agropecuária. Comparada com o 1º trimestre, o desenvolvimento foi de 0,4%. Se o resultado parece tímido, na comparação com a indústria e serviços ele é significativamente positivo, já que houve retração de 12,3% e 9,7%, respectivamente. Na ótica da demanda, o consumo das famílias — que têm grande peso no PIB do Brasil — despencou 12,5%. O tombo só não foi maior devido ao sucesso de algumas medidas do governo, principalmente o auxílio emergencial, que inclusive foi prorrogado até dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro.
O Produto Interno Bruto (PIB) é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local. É importante ver qual o impacto imediato da pandemia na economia brasileira para entender o desafio da retomada. Confira, em números, como foi o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2019 por setor produtivo, demanda, e sua evolução ao longo dos anos.
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