Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

PIB de 2019 está fadado a crescimento pífio, dizem economistas

Nem a aprovação da reforma da Previdência nem a implementação de medidas para destravar o crédito conseguirão impulsionar a economia ainda neste ano

Por Larissa Quintino, Alessandra Kianek e Jana Sampaio
Atualizado em 30 Maio 2019, 14h30 - Publicado em 30 Maio 2019, 12h40

Após o resultado de um primeiro trimestre com retração, com a economia brasileira caindo 0,2%, economistas preveem que o PIB de 2019 já está perdido. Nem a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional nem a implementação de medidas para destravar o crédito nem a queda da taxa de juros Selic terão poder para impulsionar a economia ainda neste ano.

“Agora, no curtíssimo prazo, não tem muito como sair desse imbróglio. Ou seja, o PIB deste ano já está praticamente dado. Se for de 0,8% ou 1,2%, é mais para baixo do que para cima. Já foi o ano”, afirma Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Segundo ele, a saída do governo é tentar fazer com que o segundo semestre tenha as propostas que estão sendo anunciadas aprovadas.

Após a euforia causada pelo início do governo de Jair Bolsonaro, quando o otimismo pela mudança levou analistas a preverem um PIB  em torno de 3% para o final de 2019, agora a expectativa é de um crescimento de apenas 1%, abaixo dos avanços de 2017 e de 2018. Alguns economistas, porém, já preveem crescimento abaixo desse número.

“Com a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, com a melhora na percepção de risco, com avanços do Banco Central na criação de condições para ampliar a oferta de crédito, com a entrada em vigor do Cadastro Positivo, pode ser que a economia apresente uma reação no quarto trimestre e no ano que vem”, diz Tinga.

Segundo a economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto, a aprovação da reforma da Previdência e a queda na taxa básica de juros, a Selic, sozinhas, não farão com que a economia reaja. Ela avalia que é necessário um empoderamento do setor produtivo privado, com políticas industriais para o país. “O governo sozinho não consegue fazer esse desenvolvimento. É necessário dar confiança para que o setor privado possa carregar o carro do crescimento.” De acordo com a economista, uma agenda de privatizações e a reforma tributária também são importantes para que o país passe a crescer bem e de forma sustentável. 

Continua após a publicidade

A economia brasileira se mostrou estagnada nos primeiros três meses do governo do presidente Jair Bolsonaro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O PIB (Produto Interno Bruto) teve queda de 0,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o quarto trimestre de 2018, puxado pela retração na indústria e na agropecuária.

Pasianotto afirma que o resultado do primeiro trimestre não surpreendeu e veio em linha com o que era esperado pelo mercado. “A indústria está sofrendo bastante, o investidor e o consumidor ainda estão sem confiança”, afirma. Ela salienta, porém, que o recuo de 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2018 não significa recessão. A recessão técnica ocorre quando há dois trimestres seguidos com queda no PIB.

Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Carlos Gomes Filho, a demanda agora é entender o segundo trimestre. “Aparentemente deve ter um número próximo de zero”, afirma. 

Continua após a publicidade

Segundo a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio, a economia está no mesmo patamar do primeiro semestre de 2012 e 5,3% abaixo do pico da atividade, registrado no primeiro trimestre de 2014.

“A economia brasileira não tem um plano de voo de médio e longo prazos. Independentemente dos partidos, não conseguimos construir uma agenda de país”, afirma Tinga.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.