Pfizer negocia compra da Hospira por US$ 15 bi para ampliar área de biossimilares
Trata-se do maior negócio da gigante farmacêutica desde a tentativa frustrada de comprar a AstraZeneca no ano passado
O que são biomedicamentos?
- A substância ativa de um medicamento biológico é feita por (ou derivada de) um organismo vivo, como uma bactéria ou uma levedura (um tipo de fungo unicelular).
- Ele pode ainda ser obtido de uma fonte biológica, como um tecido ou sangue, de onde são extraídos compostos que agem como medicamentos.
- Diferentemente de um remédio sintético, que é produzido por síntese química em processos controlados, o remédio biológico tem um processo bem mais complexo, que pode envolver etapas de recombinação genética.
- No Brasil, há vários biológicos em uso: insulina recombinante, interferon (diabetes), eritropoietina (anemia causada por falência renal), fatores de crescimento e anticorpos monoclonais (usados no tratamento de doenças autoimunes, no câncer e após um transplante).
- Vacinas e antissoros também são considerados biológicos.
A fabricante de medicamentos Pfizer afirmou que negocia a compra da Hospira por cerca de 15 bilhões de dólares para impulsionar seu portfólio de medicamentos injetáveis genéricos e biossimilares. A Hospira é uma das maiores fabricantes de biossimilares do mundo.
A Pfizer ofereceu 90 dólares por ação em dinheiro pela empresa, um prêmio de 39% sobre o preço de fechamento das ações da Hospira na quarta-feira.
Para a Pfizer, este é o maior negócio desde que falhou na tentativa de comprar a AstraZeneca, que rebateu sua proposta de 118 bilhões de dólares no ano passado mas permaneceu sujeita a uma especulação de compra.
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A Pfizer disse que o recente movimento mostrou seu compromisso para investir e entregar crescimento de receitas e lucro por ação no curto prazo. A expectativa é que o negócio adicione de 0,10 a 0,12 dólar por ação ao lucro da Pfizer no primeiro ano completo após a conclusão do acordo, disse a empresa.
As fabricantes de medicamentos estão correndo para desenvolver biossimilares, que tipicamente custam de 20% a 30% menos do que o original. O negócio requer aprovação de autoridades regulatórias e de acionistas.