O petróleo fechou em forte alta nesta terça-feira, em Nova York, impulsionado por indicadores econômicos positivos em Estados Unidos, Europa e China e pelas persistentes tensões na questão do abastecimento.
O barril de “light sweet crude” para entrega em fevereiro fechou a 100,71 dólares no New York Mercantile Exchange, uma alta de 2,01 dólares com relação ao fechamento de sexta-feira. O mercado esteve fechado na segunda-feira, feriado nos Estados Unidos.
Os preços tinham fechado em alta na semana passada, abaixo dos cem dólares.
“O petróleo está em alta depois de uma semana negativa, na semana passada (…) em grande parte, graças ao que faz com que outras matérias-primas subam”, explicou Bart Melek, da TD Securities.
“Os dados da economia chinesa melhores do que o previsto, o índice de confiança alemão e o índice de confiança manufatureiro de Nova York no mês de janeiro, que registrou resultados relativamente bons”, fazem esperar uma alta do petróleo, detalhou.
“Na prática, os mercados ignoraram a S&P”, afirmou, em alusão ao corte da nota da dívida soberana de nove países europeus, efetuada na sexta-feira pela agência de avaliação de crédito americana Standard & Poor’s.
Enquanto isso, as tensões entre Teerã e os países ocidentais mantiveram os preços em um mercado que antecipa uma queda da oferta dias antes da cúpula (prevista para 23 de janeiro), onde a União Europeia deve fixar as modalidades do embargo ao petróleo iraniano.
Outro fator que influenciou a alta dos preços, segundo analistas, foram as declarações do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, que afirmou em entrevista difundida na segunda-feira que seu país poderia compensar rapidamente uma queda das importações de petróleo iraniano no caso de um embargo, e expressou seu desejo de que os preços se “estabilizem em torno dos 100 dólares o barril”.