Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira, em Nova York, impulsionados por indicadores econômicos positivos na Europa e nos Estados Unidos, mas também devido ao mal-estar dos operadores em relação ao conflito por causa do programa nuclear iraniano.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do “light sweet crude” para entrega em janeiro fechou a 97,22 dólares, uma alta de 3,34 dólares em relação ao fechamento anterior.
“As preocupações geopolíticas persistem, mas o verdadeiro elemento que desencadeou a alta de hoje (terça-feira) foram os indicadores econômicos”, estimou Matt Smith, do Summit Energy (grupo Schneider Electric).
“Observamos boas estatísticas na Europa, uma emissão de dívida com bons resultados e bons dados nos Estados Unidos em comparação às previsões. Isso confirma que há sinais de recuperação nos Estados Unidos”, explicou.
Os dados referentes ao setor da construção de residências nos Estados Unidos melhoraram fortemente em novembro, ao registrar um aumento de 9,3% de obras novas em relação a outubro.
Os investidores também viram com bons olhos o inesperado progresso das informações provenientes da zona do euro: uma alta do índice Ifo na Alemanha para 107,2 pontos e uma bem sucedida colocação de títulos da dívida da Espanha. Madri conseguiu vender 5,640 bilhões de euros em bônus a 3 e 6 meses, reduzindo a um terço os juros pagos na emissão precedente.
Estes dados da economia contribuíram para a alta de preços, reconheceu Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
“Mas, fora isso, o mercado está inquieto por causa da oferta de petróleo do Irã, sobretudo se a União Europeia proibir as compras de petróleo iraniano”, indicou o analista.