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Petrobras quer captar até US$ 1,5 bi com emissão de títulos que vencerão em 100 anos

Trata-se da primeira investida da companhia no mercado internacional de capitais desde o estouro da Operação Lava Jato

Por Da Redação
1 jun 2015, 16h31

A Petrobras planeja uma rara emissão de bônus (títulos emitidos por empresas) com vencimento em 100 anos. Trata-se da primeira investida da companhia no mercado internacional de capitais desde o estouro da Operação Lava Jato. Segundo fontes de mercado, a companhia deve ofertar entre 500 milhões e 1,5 bilhão de dólares e a remuneração anual dos investidores deve ser fixada em 8,55% – valor considerado alto e que evidencia a desconfiança do mercado em relação à empresa. Para se ter ideia, em 2013, antes da eclosão da Lava Jato, a Petrobras captou 11 bilhões de dólares a um custo que variava de 2,1% (para os títulos com vencimento em curto prazo) a 5,7% (para os que venciam em 40 anos).

O prospecto da oferta foi disponibilizado na Securities and Exchange Commission (SEC, agência reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos). O Deutsche Bank e o JP Morgan são os coordenadores da transação. “A ideia é fazer um movimento ousado. E fazer algo que só tem sido feito por um seleto grupo mostra força”, disse um dos banqueiros responsáveis pela operação.

O México foi o único nos últimos anos, na América Latina, que tentou uma emissão no prazo de 100 anos. A rentabilidade acordada com os investidores era de 5,58% ao ano, patamar já considerado alto para os padrões da emissão. O negócio também é a primeira emissão de bônus em dólares da companhia desde março de 2014, segundo dados do IFR, quando a estatal fez uma emissão em seis parcelas de 8,5 bilhões de dólares.

O analista da corretora Spinelli Elad Revi afirmou que a iniciativa mostra uma maior receptividade do mercado em relação à companhia. Mas, em sua avaliação, as condições da emissão não ainda não são tão atrativas. “Taxas de mais de 8% em dólar são taxas elevadas”, afirmou Revi, frisando ainda que a empresa está aumentando ainda mais seu endividamento, enquanto precisa reduzir seus indicadores de alavancagem. “O fato de ela vir realmente a emitir bônus dessa natureza, mesmo depois de ter falado que já tinha cumprido suas necessidades (de financiamentos), mostra uma certa instabilidade para com o plano de negócios da companhia”, acrescentou Revi.

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Em seu último balanço, a Petrobras publicou um endividamento total de 400 bilhões de reais. Vale lembrar que, em março, o Conselho de Administração da petroleira havia autorizado que a estatal fizesse captações de até 19,1 bilhões de dólares ao longo de 2015.

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(Com agência Reuters)

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