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Petrobras pode ser investigada por mudança de comando abrupta

Anúncio de Bolsonaro da troca do presidente-executivo reflete diretamente no valor das ações da companhia

Por Da Redação Atualizado em 22 fev 2021, 10h32 - Publicado em 21 fev 2021, 16h05

É senso comum que não se troca o presidente-executivo de uma grande companhia sem preparar o mercado para isso. A sucessão é precedida por uma série de medidas e explicações, por meio de memorandos altamente técnicos, ao setor no qual a empresa está inserida e suas agências reguladoras. Muitas vezes o processo de troca é programado para acontecer em períodos não inferiores a três meses – tudo isso com o objetivo de assegurar aos acionistas que nenhuma decisão está sendo tomada à revelia do conselho de administração e, principalmente, a fim de sinalizar que a sucessão está sendo executada por um motivo lógico e cuidadosamente planejado. Por esse motivo, o anúncio da saída do atual presidente da Petrobras, o economista Roberto Castello Branco, causou tanto alvoroço na bolsa de valores, cujos efeitos devem ser sentidos nos próximos dias.

O presidente Jair Bolsonaro, aparentemente indignado com a decisão de aumento de preço da gasolina e do diesel no decorrer da semana passada, divulgou nas redes sociais que não pretende reconduzir ao cargo o atual executivo-chefe, que seria substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, atual diretor-geral de Itaipu. O anúncio intempestivo de Bolsonaro, sem nenhuma preparação como seria de praxe em uma empresa do porte da Petrobras, pode provocar extravagante desvalorização dos ativos da companhia, que, apesar de estar sob comando estatal, é pessoa jurídica de capital aberto, listada na bolsa de valores.

Sendo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) uma autarquia independente que tem autoridade sobre as movimentações da bolsa, ela poderá exigir explicações ao conselho de administração da Petrobras sobre o motivo de Castello Branco não estar sendo reconduzido ao cargo. Na prática, devido ao impacto da provável perda de valor de mercado da companhia – que segundo especialistas pode chegar a R$ 100 bilhões -, a CVM deve conduzir investigações quanto ao processo de sucessão e interferência indevida na gestão empresarial. O mercado aguarda ansiosamente a abertura do pregão da bolsa de valores nesta segunda, 22.

Confira aqui o tuíte do presidente Jair Bolsonaro de 19 de fevereiro: https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1362896402372780038/photo/1

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