Petrobras aumenta gasolina em 16% e diesel em 25% nas refinarias

É o 1º aumento no valor da gasolina desde janeiro, já o diesel não subia desde julho; petroleira alterou política e valores descolaram do mercado externo

Por Larissa Quintino Atualizado em 15 ago 2023, 15h27 - Publicado em 15 ago 2023, 09h29

Carro é abastecido em posto de gasolina (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 15, o aumento dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias. A partir de quarta-feira, 16, o preço médio da gasolina fica 41 centavos mais caro, um aumento de 16,3%, enquanto o diesel sobe 78 centavos, num ajuste de 25%.

Esse é o primeiro aumento da gasolina desde janeiro deste ano. Desde esse aumento, a petroleira cortou o preço por quatro vezes consecutivas, inclusive mudando a política de preços, deixando de usar o Preço de Paridade Internacional, o PPI. Segundo o último levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), datado de segunda-feira, 14, o preço da gasolina no país estava defasado em 24% em relação ao mercado internacional. Já o diesel não sofria aumento desde julho do ano passado. O combustível está defasado em 28% nas refinarias, também segundo a Abicom.

“A implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, afirmou a estatal, em nota. Segundo a Petrobras, no acumulado do ano, a gasolina está 15 centavos mais barata para as distribuidoras, e o diesel, 69 centavos.

Como mostra reportagem de VEJA desta semana, a Petrobras vinha sendo questionada por segurar o preço dos combustíveis. A estratégia do governo Lula repete um modus operandi de gestões petistas anteriores, que trouxeram prejuízos a empresa e ao país. O aumento no preço do combustível pode ter um impacto na inflação, que está em 3,99% nos últimos 12 meses até julho.