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Pessimismo com a economia se amplia desde a posse de Lula

Pesquisa do Datafolha traz uma notícia que não é boa para o presidente e sua equipe econômica

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 abr 2023, 19h16 - Publicado em 2 abr 2023, 18h02

Cresceu em março o percentual de brasileiros que dizem acreditar em uma piora na situação econômica do país nos próximos meses, conforme pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 2, pelo jornal Folha de S. Paulo. Esta é a primeira pesquisa feita sobre o tema do pessimismo ligado à economia após o início deste terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os números não são muito bons para o governo Lula e para a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na rodada de dezembro, 20% dos entrevistados pelo Datafolha diziam esperar uma piora na economia do país, percentual que em março subiu para 26%. Este é o mesmo percentual daqueles que acreditam que não haverá mudança na economia. Entre os que contam com melhoras, o percentual caiu de 49% para 46%, portanto, bem abaixo da metade dos brasileiros.

A pesquisa ouviu 2.028 pessoas, nos dias 29 e 30 de março, em 126 municípios brasileiros. A margem de erro é dois pontos percentuais, para menos ou para mais. O pessimismo também aumentou quanto à expectativa de desemprego. Em março, 44% falaram em aumento da falta de trabalho, percentual que era de 36% há três meses. Somente 29% acreditam em redução do desemprego, um índice muito abaixo do anterior. Há 3 meses eram 37% os que acreditavam em redução do desemprego.

Os brasileiros têm sérios motivos para o pessimismo. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD, mostrou que o desemprego voltou a crescer no trimestre até fevereiro, durante o governo Lula, para 8,6%, após seis trimestres de queda no governo de Jair Bolsonaro. A pesquisa mostra que mais brasileiros esperam aumento da inflação, alta do desemprego e piora na situação pessoal.

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Outra notícia que trouxe mais pessimismo na área do emprego foi a geração de postos formais de trabalho, que são os empregos com carteira assinada. Em janeiro e fevereiro foram abertas 326.000 vagas de trabalho formal, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, do Ministério do Trabalho. Este é o resultado mais baixo para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do cadastro, em 2020.

O cenário econômico poderia mudar, mas isso depende também da postura dos governantes. Conforme mostra reportagem de VEJA esta semana, Lula está completando seus 100 dias de governo longe da meta de pacificar o país, com rancor e espírito revanchista. O PT também não tem colaborado. No site do partido na internet já foram publicados mais de 15 artigos com críticas à taxa de juros e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A legenda quer baixar os juros por meio de pressões políticas, o que só piora as expectativas do mercado.

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