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Carreira estagnada e salário baixo motivam funcionário a pedir demissão

De acordo com o estudo da Randstad, profissionais com maior escolaridade valorizam condições flexíveis de trabalho

Por Gilmara Santos
Atualizado em 30 abr 2018, 10h10 - Publicado em 30 abr 2018, 10h10

A decisão de ficar ou não em um emprego passa por diversos fatores, mas os principais para profissionais brasileiros são a remuneração, ambiente de trabalho e estabilidade. Isso é o que mostra pesquisa realizada pela Randstad, empresa de soluções em recursos humanos, que elencou as razões que fazem o trabalhador permanecer na corporação. Além do salário e benefícios, com 42% das respostas, outros fatores que pesam na decisão são ambiente de trabalho (39%), estabilidade (37%), progressão da carreira (35%) e a empresa estar financeiramente saudável (34%).

“A reputação financeira da empresa, a sua preocupação com a sociedade e a integração tecnológica são fatores que ganham destaque entre os brasileiros”, diz Jorge Vazquez, presidente da Randstad no Brasil. Para ele, a decisão de ficar ou não em um emprego leva em consideração uma combinação desses fatores.

Enquanto para os homens a sensação de estabilidade é fundamental, entre as mulheres o que mais pesa é um o ambiente de trabalho agradável.

O estudo também aponta as prioridades por faixa etária. Para 39% dos jovens entre 18 e 24 anos, obter oportunidades de carreira é o fator primordial. Para 35% das pessoas entre 25 e 44 anos, o mais importante é estar em uma empresa financeiramente estável. Quando o funcionário tem entre 45 e 64 anos, ele valoriza um empregador que retribui à sociedade.

De acordo com o levantamento, profissionais com escolaridade superior apreciam condições flexíveis de trabalho, como home office. Já empregados com nível escolar médio consideram significativo contar com um ambiente de trabalho agradável. Trabalhadores com baixa escolaridade valorizam oportunidades para a carreira.

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“O importante para reter talentos é ter um processo de comunicação transparente entre empresa e funcionário para que os trabalhadores saibam exatamente quais são as suas possibilidades dentro da companhia”, diz o diretor geral da Robert Half , Fernando Mantovani.

Saindo do emprego

Os motivos que levam o trabalhador a sair do emprego, conforme a pesquisa da Randstad, são progressão de carreira limitada (51%), salário muito baixo (50%), falta de reconhecimento ou recompensas (34%), empresa não-financeiramente saudável (30%) e desafios insuficientes (22%).

Enquanto homens levam em consideração se a compensação financeira é muito baixa para decidir a saída do emprego, as mulheres avaliam a falta de oportunidades de carreira.

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Por faixa etária, os mais jovens (entre 18 e 24 anos) estão mais propensos a pedir demissão por causa do deslocamento longo. Entre 25 e 44 anos, pesa a falta de reconhecimento ou recompensas e quem tem entre 45 e 64 anos, o ponto principal é a empresa não ser financeiramente estável.

Profissionais com escolaridade superior têm maior probabilidade de sair do emprego caso faltem oportunidades de carreira. Os de nível médio avaliam se a gestão tem liderança fraca. Longos deslocamentos é motivo para pedir demissão para trabalhadores de menor escolaridade.

Ações para manter o emprego

Outro ponto destacado no estudo são as ações tomadas pelos brasileiros para se manterem empregados. A maioria dos trabalhadores diz que está aberto e flexível para aceitar mudanças (61%), ser sociável (52%), fazer treinamentos e cursos (48%), se manter informado sobre notícias da área de atuação (48%), além de estar disposto a aceitar horários flexíveis de trabalho (39%).

Homens têm maior probabilidade de aceitar horário de trabalho flexível, enquanto que as mulheres se dizem mais sociáveis com seus colegas, superiores e com sua rede profissional de networking.

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