Pedidos de recuperação judicial batem novo recorde em novembro
No acumulado de 2015, foram registradas 1.137 ocorrências, volume 46,7% maior que o do mesmo período do ano passado, segundo estudo do Serasa Experian
Recessão econômica, crédito caro e os efeitos do dólar alto sobre o setor produtivo, que encarece a importação de máquinas e matérias-primas, estão dificultando as empresas em honrar seus compromissos financeiros, como mostra estudo da Serasa Experian. De acordo com o indicador da entidade, o número de pedidos de recuperação judicial subiu 46,7% entre janeiro e novembro na comparação com o mesmo período de 2014. Com isso, o número de pedidos para o intervalo janeiro-novembro foi o mais alto desde 2006, quando a Nova Lei de Falências, de junho de 2005, já estava em vigor.
No intervalo janeiro-novembro, foram 1.137 ocorrências. No mesmo período de 2014, houve 775 pedidos. Segundo a Serasa, as micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial, de janeiro até o mês passado, com 589 pedidos, seguidas pelas médias (327) e pelas grandes empresas (221).
Isoladamente, o mês de novembro também registrou alta. Foram 112 pedidos, um avanço de 112% em comparação com novembro do ano passado e de 19,6% em relação a outubro.
Os pedidos de falência também cresceram. Segundo o Indicador Serasa Experian, foram 1.654 pedidos de falências entre janeiro e novembro, o que representa alta de 7,9% em relação ao mesmo período de 2014. Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a novembro de 2015, 850 foram de micro e pequenas empresas; 392 de médias empresas e 412 pedidos de grandes empresas.
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(Com Estadão Conteúdo)