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Para sair do desemprego, executivos aceitam salário menor

Para se manter no mercado de trabalho, 38% dos empresários considera receber salário menor e 12% mudariam o rumo da atuação profissional

Por Da redação
11 jun 2017, 17h36

O Brasil reúne mais de 14 milhões de desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O receio de fazer parte desse grupo não atinge apenas um grupo seleto da população – os executivos brasileiros também estão sendo assombrados pelo fantasma do desemprego.

Tanto que 38% declararam considerar a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho ganhando menos, outros 12% mudariam o rumo da atuação profissional para não ficar sem emprego. As informações são de um levantamento inédito feito pela consultoria de recrutamento Michael Page.

O consultor e gerente de negócios Hugo Coimbra sentiu na pele a dificuldade em encontrar um emprego com perspectiva de crescimento e que trouxesse felicidade profissional. “Estou há um ano com esse projeto de mudança. O Brasil tem um mercado difícil, as empresas baixam os salários porque tem muita gente boa no mercado”, afirmou o profissional, que conseguiu mudar de trabalho sem enfrentar o desemprego.

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“Decidi sair da outra empresa por um salário menor. Na outra companhia tem uma perspectativa de crescimento e terei mais qualidade de vida. Não vou mais viajar, terei mais estabilidade e o potencial de crescimento. Espero igualar minha remuneração com a anterior nos próximos dois anos”.

Aos 33 anos, Coimbra pensou duas vezes antes de voltar ao mercado. “O fator financeiro fez com que eu pensasse duas vezes. Conversei muito com minha esposa, tivemos que colocar tudo no papel. Acho que não ter filhos possibilitou essa aventura”.

Para o gerente-executivo da Michael Page, Tomás Jafet, regredir um passo na carreira não representa uma derrota para o executivo. “Essa vivência pode ser muito valiosa e até mesmo impulsionar a vida desse executivo, contribuindo para novas experiências e aprendizado”.

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Ainda assim, outros fatores podem tornar a decisão mais complicada. Para 54% dos executivos o aspecto financeiro é o que mais pesa na hora de dar um passo atrás na carreira. O conhecimento sobre a área seria a maior dificuldade para 29%.

Os que aceitam o desafio de regredir uma etapa profissional, assim como Coimbra, são impulsionados pelo desejo de alcançar a felicidade e o crescimento profissional no longo prazo (55%). Outros 32% optariam por mudar o rumo da carreira se houvesse a proposta ou convite para algo novo. Apenas 3% dos entrevistados não acreditam nesse conceito.

Os executivos destacaram algumas características importantes para lidar com o processo de mudança. Para 43%, o senso próprio é o mais importante, uma vez que permite superar a rotina em busca de algo maior. Outros 34% apontaram a resiliência (resistir às novas cobranças sem perder a motivação) como a melhor forma de lidar com o novo emprego.

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Para a pesquisa, foram entrevistados 400 executivos de alta e média gerência durante o mês de março de 2017.

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