Para ‘desovar’ estoques, montadoras prolongam férias
Desempenho das empresas foi prejudicado pelo excesso de estoque de veículos, com desaceleração do mercado interno e queda das exportações
Montadoras pretendem prolongar as férias coletivas este ano, em uma última tentativa de desovar o excesso de veículos nos pátios das concessionárias. O estoque superou a produção em 120,1 mil unidades em outubro. Foram 413,4 mil carros encalhados, o suficiente para 40 dias de vendas. A meta do setor automotivo é reduzir o número para 30 a 35 dias, favorecendo uma retomada da produção em 2015. As informações foram publicadas nesta quinta-feira pelo jornal Valor Econômico.
As montadoras costumam liberar os funcionários apenas nas duas últimas semanas de dezembro. Mas pressionadas pela desaceleração do mercado interno e pela queda das exportações, as indústrias de veículos de passeio estão redefinindo o recesso de fim de ano. A fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP) e as fábricas da General Motors em São Caetano do Sul (SP) e em São José dos Campos (SP), por exemplo, decidiram dar férias coletivas de um mês.
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Veículos comerciais – As indústrias de veículos comerciais também têm sido afetadas pelo excesso de estoque. As fábricas da Mercedez-Benz, maior montadora de caminhões do país, em São Bernando do Campo (SP) e em Juiz de Fora (SP) paralisarão as atividades por cinco semanas a partir da próxima segunda-feira. A fábrica da Volvo em Curitiba (PR) fechará as portas por quatro a cinco semanas, dependendo do número de folgas de cada funcionário. Já a fábrica da MAN em Resende (RJ), responsável pelos caminhões da Volkswagen, e a fábrica da Scania terão férias coletivas de três semanas.