SÃO PAULO, 22 Dez (Reuters) – A quinta-feira foi positiva nos mercados financeiros globais, com destaque para os dados do mercado de trabalho norte-americano, que reforçaram as expectativas de que a atividade da maior economia do mundo está ganhando força.
No Brasil, o Banco Central (BC) reduziu a previsão para o crescimento econômico em 2012, e previu pressões inflacionárias no início de 2013 em seu Relatório Trimestral de Inflação.
Os DIs tiveram forte alta, impulsionados ainda por afirmações do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, de que se necessário a autoridade monetária vai elevar juro no começo de 2013.
A alta nas taxas foi amparada ainda por números mostrando que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu a 5,2 por cento em novembro, bem abaixo da estimativa de 5,65 por cento apurada em pesquisa da Reuters.
A pauta contou ainda com declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em Brasília, ele afirmou que o governo deverá adotar no próximo ano novas medidas para proteger a indústria nacional dos efeitos da crise externa. Para 2012, segundo o ministro, o crescimento econômico “deve ficar em torno de 4 por cento se a crise internacional continuar complicada. Mas, ponderou, “se os europeus encontrarem uma saída, podemos chegar a 5 por cento.”
No exterior, o que levou as bolsas de valores para cima foi o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que caiu na semana passada ao menor patamar em três anos e meio, respaldando sinais de recuperação firme no país.
Veja como ficaram os principais mercados nesta quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,8536 real, em queda de 0,30 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 1,23 por cento, para 57.347 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 4,79 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
Às 18h39 (horário de Brasília), o índice dos principais ADRs brasileiros subia 1,4 por cento, a 29.420 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
No call das 16h, o DI janeiro de 2013 ficou em 9,990 por cento ao ano ante 9,830 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3051 dólar, ante 1,3044 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 132,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,827 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 2 pontos, para 216 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 4 pontos, a 367 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones subia 0,46 por cento, a 12.162 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,73 por cento, a 1.253 pontos, e o Nasdaq registrava variação positiva de 0,81 por cento, aos 2.598 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subia 0,82 dólar, ou 0,83 por cento, a 99,48 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,9563 por cento ante 1,97 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)