SÃO PAULO, 6 de outubro (Reuters) – As bolsas de valores globais tinham mais um dia de alta nesta quinta-feira, com investidores se apegando a sinais de que líderes europeus estão agindo para combater os problemas que têm assolado a região.
Logo cedo, o Banco da Inglaterra anunciou que comprará mais 75 bilhões de libras em ativos para proteger a economia dos efeitos da crise de dívida na zona do euro e mantê-la em crescimento. Ao mesmo tempo, o BC britânico manteve a taxa básica de juros do país em 0,5 por cento.
Os mercados também repercutiam declarações do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, de que o braço executivo da União Europeia (UE) propôs uma recapitalização coordenada de bancos, no mais explícito comunicado dado até agora por uma importante autoridade do bloco sobre a situação dos bancos.
O principal índice das ações europeias fechou na máxima em cinco semanas, mesmo após o Banco Central Europeu (BCE) manter a taxa de juros da região em 1,5 por cento. Alguns investidores argumentam que o BCE deveria ter cortado o juro para reforçar o combate aos problemas de dívida na região.
Ainda assim, predominava o otimismo no mercado com uma solução para a crise na Europa. As bolsas de valores nos Estados Unidos avançavam mais de 1 por cento, enquanto no Brasil o Ibovespa saltava perto de 3 por cento.
O maior apetite por risco conduzia o dólar para a terceira queda seguida ante o real, movimento que refletia a fraqueza da moeda no exterior, principalmente contra o euro.
Do lado doméstico, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro acelerou a 0,75 por cento, acima da leitura de agosto e das previsões de economistas consultados em pesquisa da Reuters.
O número servia de argumento para elevação nas taxas de DI, que também miravam o ambiente positivo no exterior.
Veja a variação dos principais mercados às 13h36 desta quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,8118 real, em queda de 1,08 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA O Ibovespa subia 2,84 por cento, para 52.464 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 3,165 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS O índice dos principais ADRs brasileiros subiam 3,40 por cento, a 27.433 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
O DI janeiro de 2012 apontava 11,165 por cento ao ano, ante 11,135 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3404 dólar, ante 1,3346 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 131,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,439 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil caía 18 pontos, para 261 pontos-básicos. O EMBI+ perdia 18 pontos, a 411 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones subia 0,97 por cento, a 1.1045 pontos; o S&P 500 subia 1,11 por cento, a 1.156 pontos, e o Nasdaq tinha alta de 1,44 por cento, a 2.496 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subia 1,16 dólar, ou 1,46 por cento, a 80,84 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 1,9655 por cento ante 1,891 por cento no fechamento anterior.
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(Por José de Castro; Edição de Patrícia Duarte)