SÃO PAULO, 21 de novembro (Reuters) – O viés negativo predominava nas praças financeiras globais nesta segunda-feira, com o impasse no “supercomitê” do Congresso norte-americano sobre a redução da dívida dos Estados Unidos adicionando desconforto entre investidores.
Apesar de não representar um risco imediato ao rating do país, a falta de consenso entre os parlamentares mostra que não são apenas os europeus a enfrentarem problemas com as finanças, com os EUA também amarrados em disputas políticas.
Na Europa, o premiê grego, Lucas Papademos reúne-se com autoridades em Bruxelas para buscar nova tranche do empréstimo ao país, enquanto também se repercute a vitória do Partido Popular nas eleições parlamentares espanholas.
Pouco ajudavam, no entanto, declarações como a do comissário de Assuntos Econômicos da União Europeia, Olli Rehn, de que a crise da dívida soberana da Europa estava atingindo o núcleo da zona do euro e que não deveria haver “ilusões” sobre isso.
Às 7h51, o europeu FTSEurofirst 300 caía 2,29 por cento, enquanto o futuro do norte-americano S&P 500 perdia 1,67 por cento –20,30 pontos. O MSCI para ações globais cedia 1,08 por cento e para emergentes, 1,89 por cento.
O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava declínio de 1,99 por cento. Em Tóquio, o Nikkei encerrou em baixa de 0,32 por cento. O índice da bolsa de Xangai apurou variação negativa de 0,06 por cento no fechamento.
Entre as moedas, o euro era cotado a 1,3447 dólar, ante 1,3509 dólar na sexta-feira, o que influenciava a alta de 0,44 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. Em relação à moeda japonesa, o dólar era negociado a 76,85 ienes, contra 76,91 ienes na última sessão.
Nesse cenário, o petróleo do tipo Brent caía 0,99 por cento, a 106,50 dólares, em Londres, enquanto o barril transacionado nas operações eletrônicas em Nova York recuava 2 por cento, a 95,75 dólares.
No Brasil, a pauta reserva números da dívida pública às 10h30, além das tradicionais divulgações de início de semana –Focus e dados parciais da balança comercial. Também vale monitorar eventuais declarações do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que participa de evento para discutir as perspectiva da economia brasileira para 2012 no início da tarde.
Veja a agenda com os principais indicadores desta segunda-feira
Veja como fecharam os principais mercados na sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar subiu 0,16 por cento, para 1,7830 real.
BOVESPA O Ibovespa caiu 0,45 por cento, para 56.731 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,28 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS Às 18h43, o índice dos principais ADRs brasileiros caía 1,12 por cento, a 29.067 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
O DI janeiro de 2013 recuou a 9,920, ante 9,930 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3514 dólar, ante 1,3459 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 130,813 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,332 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil recuava 4 pontos, para 232 pontos-básicos. O EMBI+ perdia 2 pontos, a 373 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones avançou 0,22 por cento, para 11.796 pontos. O Standard & Poor’s 500 teve desvalorização de 0,04 por cento, para 1.215 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,60 por cento, para 2.572 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 1,41 dólar, ou 1,43 por cento, a 97,41 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caiu, oferecendo rendimento de 2,0104 por cento ante 1,965 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Paula Arend Laier; Edição de José de Castro)