Os dados vindos do mercado de trabalho que animam Bolsonaro
Brasil completou nove meses consecutivos de criação de vagas formais; em setembro, entretanto, o ritmo é mais lento e o salário de contratação diminuiu
A melhora no mercado de trabalho, um dos grandes trunfos do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao tratar sobre economia na campanha a reeleição, registrou mais um mês de alta, mas em ritmo mais lento. Em setembro, foram abertos 278.085 postos com carteira assinada, chegando ao nono mês consecutivo de saldo positivo, ou seja, mais se contratou do que se demitiu no país.
No acumulado de janeiro a setembro de 2022, o saldo chegou a 2.147.600 novos postos de trabalho, decorrente de 17.614.259 admissões e 15.466.659 desligamentos no período. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
A dinâmica do setor de serviços, o maior afetado durante a pandemia de Covid-19, continua a ser essencial na retomada dos postos de trabalho do país. No mês, o setor criou quase metade das vagas com carteira assinada, um total de 122.562 postos. Dentro do setor, os destaques são atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com saldo de 59.210 vagas no mês. O setor do Comércio ficou em segundo lugar, com saldo positivo de 57.974 e a Indústria apresentou o terceiro maior saldo positivo, com geração de 56.909 postos. O setor da Construção também registrou saldo positivo, com 31.166 postos e a Agropecuária trouxe a criação de 9.474 postos.
Além do ritmo mais lento de contratação, o salário médio de admissão voltou a cair, segundo o Caged. O salário médio de contratação é de 1.931 reais, 13 reais mais baixo que o registrado no mês passado. Já o salário médio de quem é demitido é mais alto: 2.019 reais, quando no mês passado ficou em 1.984 reais.