OMC reduz previsão de crescimento do comércio global em 2013
Órgão reduziu sua projeção de crescimento para 3,3% ante 4,5% anteriormente, além de informar que em 2012 o comércio avançou apenas 2%, menor alta anual desde o início dos registros em 1981
A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou sua previsão de crescimento do comércio global em 2013 nesta quarta-feira, e afirmou que teme um aumento do protecionismo. A OMC reduziu sua projeção de crescimento para 3,3% ante 4,5% anteriormente, além de informar que em 2012 o comércio avançou apenas 2%, menor alta anual desde o início dos registros em 1981 e o segundo mais fraco registrado depois de 2009, quando o comércio encolheu.
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, alertou que 2013 pode se mostrar pior do que o esperado, especialmente por causa dos riscos da crise da zona do euro, e que os países podem tentar restringir o comércio ainda mais numa tentativa desesperada de estimular o crescimento. “A ameaça de protecionismo pode ser maior agora do que em qualquer época desde o início da crise, uma vez que outras políticas para restaurar o crescimento foram feitas e não deram certo”, disse ele.
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Lamy, que deixará o cargo no fim de agosto neste ano, classificou taxa de crescimento de 2012 como “moderada”. Apesar da expectativa de que o comércio acelere neste ano e uma previsão de crescimento de 5% em 2014, a OMC espera que os aumentos anuais fiquem abaixo da tendência histórica do crescimento de longo prazo, que foi de 6% durante os 20 anos que precederam a crise financeira, mas agora permanece em 5,3%. “Tradicionalmente, nós calculamos o aumento do comércio em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em uma proporção de 2 para 1. Neste ano, estava em 1 para 1 e nós esperamos ver essa relação se restabelecer por si só”, disse o economista-chefe da OMC, Patrick Low.
As previsões da OMC são baseadas no crescimento do PIB global de 2,1% em 2013, uma estimativa de consenso que a OMC informou não ter mudado desde 2012. “Os riscos para a previsão estão firmemente enraizados no aspecto negativo e estão muito ligados à crise da dívida soberana na Europa”, informou a OMC em comunicado.
(Com Reuters)