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Obras na usina Jirau ainda não têm previsão para a retomada

Por Da Redação
4 abr 2012, 16h29

SÃO PAULO, 4 Abr (Reuters) – As atividades nas obras da usina hidrelétrica Jirau ainda não têm previsão para retomada depois do incêndio nos alojamentos ocorrido na madrugada da terça-feira, segundo a Construtora Camargo Corrêa, que lidera as obras civis.

Trinta e seis alojamentos foram atingindos pelo incêndio provocado por trabalhadores que estavam insatisfeitos com o acordo firmado na semana passada entre os representantes do sindicato e os empreedendores da usina. Foi aprovada antecipação de aumento salarial de até 7 por cento e aumento da cesta básica para até 220 reais.

Depois do ocorrido, alguns operários teriam ainda desistido de trabalhar nas obras da usina e pediram o desligamento da Camargo Corrêa, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Claudio Gomes, que não soube precisar quantos trabalhadores teriam feito isso.

“A grande maioria dos trabalhadores reagiu com indignação”, disse Gomes sobre o incêndio provocado, ao acrescentar que a maioria dos operários não aprova a revolta ocorrida.

A Camargo Corrêa continua providenciando alojamento para os trabalhadores que optaram por ficar em Porto Velho.

Mais cedo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que atua na interlocução do governo com movimentos sociais, afirmou que o incêndio foi um ato de “banditismo” e “vandalismo”, e não de mobilização sindical.

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“Nós não consideramos essa ação que houve lá uma ação sindical ou uma ação de mobilização, mas um vandalismo, um banditismo, e como tal será tratado”, disse o ministro a jornalistas.

Carvalho afirmou que o governo resolveu agir com “muita radicalidade” e “reforçou” a Força Nacional na região, mas descartou que o Exército seja enviado.

“Nós queremos assegurar democraticamente o direito dos trabalhadores, que decidiram por maioria voltarão trabalho”, disse.

As atividades no canteiro de Jirau tinham sido retomadas na segunda-feira, depois de uma paralisação de 26 dias, motivada por reivindicações dos trabalhadores por aumento de salários, entre outros pedidos. Posteriormente, a outra usina do rio Madeira, Santo Antônio, também chegou a paralisar as atividades.

O presidente da Conticom disse que os trabalhadores exercem suas atividades normalmente nas obras de Santo Antônio e que a situação em Jirau não afetou a outra usina do Madeira.

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Em março do ano passado, uma rebelião em Jirau resultou na paralisação das obras da usina, que está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na ocasião, uma discussão entre funcionários tornou-se motim que resultou em alojamentos e ônibus incendiados, além de saques a lojas e bancos em Porto Velho .

A usina hidrelétrica Jirau, de 3.750 MW, é de responsabilidade da Energia Sustentável do Brasil, empresa que tem entre os acionistas a GDF Suez, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf.

A empresa informou que ainda não há estudos sobre os impactos da rebelião no cronograma das obras. A usina tem a entrada em operação prevista para o último trimestre deste ano.

(Por Anna Flávia Rochas)

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