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Objetivo da Petrobras não é ajudar Eike, diz Lobão

Segundo o ministro, Petrobras tem interesse em fazer negócios lucrativos e não teria prejuízos se fechar acordos com o Porto de Açu

Por Da Redação
18 abr 2013, 16h17

A Petrobras negocia com o empresário Eike Batista o uso do Porto do Açu, no norte do Rio. Contudo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou, nesta quinta-feira, que o objetivo da petroleira e do governo brasileiro seja apenas o de ajudar o empresário. A declaração foi dada na sede da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, onde Lobão apresentou as os projetos de licitação do setor de petróleo para investidores.

“A Petrobras não é um órgão para ajudar outras empresas. Ela não fará isso, mas poderá fazer associação, se for do interesse da empresa, com o grupo do Eike”, declarou. “O Porto do Açu é útil para a Petrobras”, afirmou Lobão, explicando que a infraestrutura que está sendo construída no local pode ser usada pela estatal na produção do pré-sal. Segundo ele, se a Petrobras fechar acordos com o Eike, a petroleira não terá prejuízos. Lobão disse ainda que se a companhia não fizer um acordo com o empresário, fará com outros investidores.

Leia mais: MMX, de Eike Batista, receberá mais R$ 935 milhões do BNDES

Questionado sobre se a forte queda das ações das empresas de Eike prejudicam a imagem do Brasil no exterior, Lobão disse que. nos Estados Unidos, houve quedas acentuadas no setor imobiliário e em ações de bancos, alguns quebraram, e nem por isso a imagem do país ficou ruim. “As empresas inflam, as empresas murcham e muitas conseguem se recuperar. É da natureza da iniciativa”, disse.

Sobre as licitações no setor de petróleo e gás este ano, Lobão disse que as discussões dos royalties no Congresso e eventuais atrasos na votação não devem afetar esses leilões. “Os cronogramas já estão todos definidos”, disse.

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Contexto – Desde o início do mês saem notícias nos jornais de uma aproximação da presidente Dilma Rousseff com o empresário Eike Batista. A localização do Porto de Açu, na cidade de São João da Barra, no litoral norte do RJ, seria estratégica para a Petrobras, uma vez que não há nenhum porto disponível com capacidade suficiente para servir de base à produção do pré-sal na Bacia de Campos.

Além disso, a parceria poderia ser motivada também pelo temor, por parte de Dilma, de que as dificuldades das empresas “Xs”, que amargam perdas sucessivas e fortes na bolsa brasileira, possam afetar a imagem do Brasil no exterior e espantar investidores estrangeiros, em um momento em que o país precisa de grandes volumes de recursos para seus planos de infraestrutura e logística.

Até agora nada de concreto foi firmado, mas Eike se reuniu com a própria Dilma Rousseff recentemente, o que trouxe mais fôlego às especulações de que o governo possa ajudar o empresário a avançar com seus projetos.

(com Estadão Conteúdo)

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