O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou os americanos na noite desta segunda-feira de que o aumento da dívida do país pode trazer “sérios danos” à economia se não ocorrer de forma controlada.
Obama comentou sobre a crise da dívida americana no horário nobre da TV, enquanto republicanos e democratas continuam num impasse sobre o acordo de elevação do limite da dívida americana.
“Se nós ficarmos na situação atual, nossa crescente dívida poderá custar empregos e trazer sérios estragos para a economia”, disse Obama.
No mesmo discurso, Obama denunciou que a atitude dos republicanos sobre a questão produz um impasse “perigoso”, mas manifestou sua crença em um acordo sobre a elevação do teto da dívida.
O presidente pediu ao povo americano que pressione o Congresso a adotar um compromisso. “Se vocês desejam um enfoque equilibrado para a redução do déficit, digam isto a seus representantes”.
O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, reagiu ao discurso afirmando que os Estados Unidos “não podem entrar em default, mas advertiu que o “povo americano não aceitará um aumento da dívida sem cortes significativos nos gastos” públicos.
Boehner admitiu que “os empregos e a poupança de um grande número de americanos estão em jogo”, mas acusou Obama de não aceitar as soluções propostas pelos republicanos.
O Departamento do Tesouro advertiu hoje que os Estados Unidos poderão entrar em default a partir de 2 de agosto caso o Congresso não eleve o teto da dívida.