La Paz, 9 dez (EFE).- A construtora brasileira OAS informou nesta sexta-feira que paralisou completamente a construção de uma polêmica estrada na região central da Bolívia por falta de pagamento.
Segundo a companhia, o governo de Evo Morales deve US$ 100 milhões. Um representante da OAS disse à Agência Efe que a empresa está à espera dos pagamentos que faltam para voltar a trabalhar na obra.
O funcionário disse ainda que a OAS contraiu dívidas com fornecedores e que mil empregados estão parados esperando por uma definição. A construção da rodovia gerou protestos na Bolívia, pois parte dela vai atravessar uma área de proteção ambiental no país, o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS).
As obras nesse trecho da via já estavam paralisadas desde que grupos indígenas iniciaram uma marcha de 66 dias, que chegou a La Paz em 19 de outubro.
Em 2008, a OAS ganhou a licitação para construir a estrada de 306 quilômetros, que ligará os departamentos de Cochabamba a Beni. O custo da obra é de US$ 415 milhões, sendo que US$ 332 milhões estão sendo financiados pelo governo brasileiro.
O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, reconheceu que existem ‘problemas administrativos no pagamento’ da OAS e disse que espera que isso seja solucionado o mais breve possível. EFE