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O que deve mudar no Twitter com Elon Musk dando as cartas na empresa

O bilionário comprou a rede por 44 bilhões de dólares, pagando 54,20 dólares por cada ação aos acionistas; empresa encerra negociações na bolsa de valores

Por Luana Zanobia, Larissa Quintino Atualizado em 25 abr 2022, 18h21 - Publicado em 25 abr 2022, 16h41

O bilionário Elon Musk finalmente conseguiu convencer o Twitter a aceitar sua oferta. O empresário, fundador da Tesla e SpaceX, comprou a rede social por 44 bilhões de dólares, em um acordo formalizado nesta segunda-feira, 25. Terminado este capítulo da novela, a questão agora é saber qual será o destino da rede social, que passará a ser uma empresa privada.

O homem mais rico do mundo já deu pistas do que pretende fazer quando sentar na cadeira de chefe. As ideias vão de transformar a sede do Twitter em São Francisco em um abrigo para sem-teto e adicionar um botão de edição para tuítes, até conceder marcas de verificação automática mediante a assinatura. Um tuíte sugeriu que o Twitter pode estar morrendo, já que várias celebridades com alto número de seguidores raramente postam. Mais cedo, antes do anúncio do conselho sobre negócio fechado, Musk disse esperar que até seus maiores críticos continuem a usar a rede social porque isso significa “liberdade de expressão”. 

A compra é o mais recente capítulo no relacionamento intenso de Musk com o Twitter. O executivo é um dos destaques da plataforma. Sua arroba (o perfil da rede social) tem mais de 80 milhões de seguidores. É de lá que ele faz tuítes enigmáticos e que muitas vezes criam barulho no mercado. Comentários sobre as ações de sua empresa bem como de criptomoedas, como os bitcoins, já viraram alvo de investigações nos EUA. Pelo Twitter, Musk recentemente chegou até a desafiar o presidente russo, Valdimir Putin, a um duelo pela Ucrânia. 

O negócio

Como prometido desde o início da proposta, os acionistas irão receber 54,20 dólares por ação, um prêmio bastante elevado comparado aos preços negociados nos papéis da rede atualmente. Com a compra, o Twitter passa a ser uma empresa de capital fechado, após quase dez anos negociando suas ações na bolsa. A empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), em 2013. “Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão”, tuitou Musk na tarde de hoje, poucas horas antes de a compra ser confirmada.

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Renomados jornais e agências de notícias já anunciavam que o acordo entre Musk e o Twitter deveria ser formalizado ainda nesta segunda-feira, conforme relatos obtidos por fontes próximas às negociações. Quando Musk anunciou a intenção de comprar a totalidade do Twitter, a rede social se mostrou bastante resistente à proposta. Nos últimos dias, o conselho se movimentou para proteger a rede do controle do bilionário e, inclusive, lançou mão de um artifício chamado de “pílula do veneno” no jargão financeiro. A medida aventada dificulta que um acionista acumule participação sem a aprovação do conselho. Os acionistas, no entanto, se inclinaram favoravelmente à proposta de Musk. Em uma enquete realizada pelo empresário no próprio Twitter, 83% dos respondentes disseram que fechar o capital da rede deveria ser uma questão dos acionistas e não do conselho. O plano de Musk de contar com potenciais investidores na aquisição, como Morgan Stanley e outros bancos de investimento, parecem ter feito a rede ceder.

Com a investida de Musk, as ações da rede se valorizam. Até a metade do mês, os papéis da rede social já subiram 16,52%, segundo a consultoria Economatica. Hoje, após o anúncio, as ações da empresa subiram mais de 6%.

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