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O impacto no mercado do Orçamento ‘irreal’ entregue por Bolsonaro

Projeto de Lei traçou cenário otimista demais para o crescimento do PIB em 2023 e não explicou gastos como a extensão do Auxílio Brasil

Por Luisa Purchio Atualizado em 1 set 2022, 14h58 - Publicado em 1 set 2022, 10h24

Considerado pelos especialistas do mercado como “irreal”, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2023 impactou pouco no mercado financeiro. Apresentado na quarta-feira, 31, pela equipe econômica do Ministério da Economia, o texto é criticado por especialistas em diversos pontos que deixam em dúvida como as promessas dos candidatos à Presidência se concretizarão de maneira que se cumpra o teto dos gastos.

Um dos principais pontos de questionamentos é a projeção otimista de crescimento do PIB para 2023 em 2,5%, muito distante da expectativa do mercado. Na esteira do quadro global de recessão diante do aumento dos juros nas principais nações, o último boletim Focus apontou para um crescimento do PIB de 0,37% em 2023. “No geral, é um orçamento que terá que passar por grandes mudanças no tempo para refletir a realidade, considerando também a incerteza ligada às políticas que serão defendidas pelo novo governo. Os mercados reagiram pouco ao anúncio, exatamente pelo fato de não trazer números vistos como factíveis para 2023 e que terão que passar por muitos ajustes nos próximos meses”, diz Silvio Campos Neto, sócio da consultoria Tendências.

O Auxílio Brasil é outro gasto que não foi esclarecido pelo orçamento, uma vez que a prorrogação exigiria ao redor de 52 bilhões de espaço adicional no orçamento e um novo furo no teto de gastos. “O projeto veio bem em linha com o que mercado estava esperando, no sentido de que não tem nada que pode ser dado como concluído, porque será necessário incluir maiores gastos principalmente em relação ao Auxílio Brasil. Em geral, os analistas esperam que as mudanças substanciais sejam feitas após a eleição, como recorrer a alguma PEC para alterar o teto, para permitir esses gastos adicionais”, diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha.

Nessa manhã, o Ibovespa abriu em território de baixa, impactado principalmente pelo receio de mais alta de juros nos Estados Unidos.

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