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Novo lockdown na China suspende trabalho em fábrica de iPhone

China isolou a região de Shenzhen, sede de empresas como a Foxconn, Huawei e Tencent; país adota política de Covid zero e vê aumento de casos por ômicron

Por Larissa Quintino Atualizado em 14 mar 2022, 15h51 - Publicado em 14 mar 2022, 15h25

Para além dos problemas com a guerra entre Rússia e Ucrânia, uma já velha conhecida causadora de efeitos globais voltou a assustar: a Covid-19. Nesta segunda-feira, 14, a China isolou a região de Shenzhen e colocou os 17,5 milhões de moradores em lockdown. Essa é a primeira vez desde o início da pandemia, em 2020, que as autoridades do país asiático isolam uma região. Para além do temor do crescimento dos casos de Covid-19 e da lembrança do que ocorreu após o isolamento de Wuhan, o lockdown em Shenzhen chama atenção de investidores, já que a região é bastante industrializada e sede de empresas como Huawei e Tencent. Por causa da decisão, a Foxconn, interrompeu as atividades de suas plantas na cidade e, consequentemente, a fabricação de iPhones.

A empresa  não especificou a duração da paralisação e disse que realocará a produção para outras fábricas no país. As ações da companhia recuam 2,48% na Nasdaq, a bolsa da tecnologia. 

Isolamento

Enquanto o mundo adota políticas de convivência com a Covid-19 após o avanço da vacinação, a China continua com foco em zerar os casos da doença viral em seu território. O bloqueio de Shenzhen ocorreu depois que novos casos de vírus dobraram em todo o país para quase 3.400, e será acompanhado por três rodadas de testes em massa em toda a cidade. 

Todos os sistemas de ônibus e metrô da cidade foram fechados, juntamente com empresas que prestam serviços não essenciais e os moradores estão impedidos de deixar a cidade. O porto de Shenzhen Yantian permanece operando, embora com controles mais rígidos para Covid. As restrições ficam em vigor pelo menos até o próximo domingo, 20 de março. 

Autoridades chinesas acreditam que o aumento de infecções em Shenzhen esteja ligado a um surto desenfreado na vizinha Hong Kong, que passou de um punhado de casos para mais de 30.000 em cerca de um mês. Um surto de Covid em Xangai também levou a maioria das escolas a retornar ao aprendizado on-line e à restrição de viagens para a cidade. Os serviços de ônibus de outras províncias foram interrompidos durante o fim de semana. 

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A curva crescente de casos gerados pela variante ômicron, altamente infecciosa, em algumas das cidades e zonas econômicas mais desenvolvidas da China se transformaram em um desafio sem precedentes para a estratégia Covid zero do país. Até agora, as autoridades haviam resistido amplamente a medidas mais extremas, como bloqueios nas maiores cidades da China, e confiavam mais em respostas direcionadas. O país ainda não vê uma fatalidade por vírus desde janeiro de 2021.

Além de Shenzhen, autoridades chinesas também tomaram medidas mais duras em Jilin, uma província de 24 milhões de habitantes que faz fronteira com a Rússia e a Coreia do Norte no nordeste da China. As pessoas foram convidadas a não sair ou viajar, principalmente na capital provincial de Changchun e na cidade de Jilin, onde a maioria das infecções foi encontrada. Changchun já estava fechada na semana passada, forçando a Toyota Motor suspender a operação de sua fábrica lá. A Volkswagen disse na segunda-feira que uma de suas joint ventures chinesas suspendeu as operações em três fábricas na cidade.

Por que a China está mantendo sua estratégia Covid Zero: QuickTake

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