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Nova greve geral na Grécia contra austeridade exigida por UE e FMI

Por Angelos Tzortzinis
10 fev 2012, 13h04

Os sindicatos gregos iniciaram nesta sexta-feira uma greve de 48 horas contra as novas medidas de austeridade exigidas pelos credores do país, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), e que serão, a princípio, submetidas a voto no parlamento, no domingo.

Para protestar contra este programa de austeridade, que classificam de “túmulo da sociedade grega”, os sindicatos privado GSEE (700.000 afiliados) e público Adedy (350.000) convocaram concentrações nesta sexta e sábado na praça Syntagma, palco de mobilizações contra a austeridade há dois anos.

Também estão previstas manifestações em outras cidades do país.

Trata-se da segunda greve da semana.

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Na terça-feira, sob chuva fina, milhares de grevistas e manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento.

Portando cartazes com dizeres como “não às demissões na função pública”, “não à redução do salário mínimo” e “não aos cortes das pensões complementares”, os manifestantes resumiram suas objeções às novas reformas exigidas pela UE e pelo FMI em troca de um segundo plano de resgate de 130 bilhões de euros, ainda em plena negociação.

A greve afetou a atividade de escolas, ministérios, bancos e hospitais, além dos transportes.

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Além dos protestos populares contra as reformas, o líder do LAOS, partido de extrema direita grego, George Karatzaferis, afirmou nesta sexta-feira que não votará as novas medidas de austeridade exigidas pela Troika de credores da Grécia em troca do novo lote de ajuda ao país.

“O que nos foi imposto é uma humilhação e não tolerarei isso”, afirmou.

Na véspera, o governo anunciou que o acordo dos três partidos da coalizão (socialista, conservador e ultradireitista) sobre esse plano.

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O pacote de medidas de rigor, cujos detalhes não foram publicados ainda, deve ser votado pelo Parlamento no início da noite de domingo.

Das 300 cadeiras que possui o Parlamento unicameral grego, a coalizão governamental conta com 252 deputados, sendo 16 do LAOS.

A zona do euro, por sua vez, deu o prazo de uma semana à Grécia para que o país empreenda “ações concretas”, em troca do resgate esperado para evitar sua quebra. Entre as medidas exigidas, estão previstos mais cortes no orçamento, além da aprovação, pelo Parlamento, do “acordo geral” sobre o plano de austeridade anunciado em Atenas.

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“Apesar dos avanços dos últimos dias, “não dispomos de todos os elementos necessários para tomar decisões” imediatas (repassar à Grécia a ajuda de 130 bilhões de euros, pendente desde outubro de 2011), afirmou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. Por este motivo, os ministros de Finanças de 17 países da Zona do Euro vão realizar outra reunião, desta vez na próxima quarta-feira.

Juncker frisou na quinta-feira que só vai desembolsar a ajuda à Grécia se o Parlamento grego der aval ao acordo aprovado horas antes, entre outras “ações concretas”.

Pedimos “ações concretas”, afirmou, também, o comissário de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, em entrevista à imprensa, ao final da reunião, em Bruxelas.

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Juncker fixou o preenchimento de três condições para a concessão da ajuda. Em primeiro lugar, o parlamento grego precisará aprovar domingo o plano de austeridade sobre o qual os partidos políticos gregos e os representantes dos credores públicos da Grécia, reunidos em torno da “troika” (formada por UE, BCE e FMI), concordaram, durante o dia.

Além disso, “o governo grego terá que apresentar uma economia extra de 325 milhões de euros” no orçamento para 2012 do país, e isto “até quarta-feira”, insistiu Juncker.

A zona do euro também exige que os partidos da coalizão no poder em Atenas apresentem “fortes garantias políticas” sobre seu apoio ao plano de austeridade, precisou.

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