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Netflix paga R$ 24 bilhões e entra no mercado de transmissões esportivas

Acordo contempla exibição de programa popular de luta livre da WWE nos EUA

Por Pedro Gil 23 jan 2024, 17h01

A Netflix entrou de vez no mundo das transmissões esportivas ao vivo ao fechar um acordo de 5 bilhões de dólares (24,7 bilhões de reais) para a exibição de um dos principais programas de luta livre dos Estados Unidos, o Raw da World Wrestling Entertainment (WWE). O acordo começa a valer a partir de 2025 e será válido pelos próximos dez anos. Além do país norte-americano, Canadá e América Latina são citados como eventuais contemplados; o Brasil não foi citado.

Um primeiro movimento do canal de streaming em transmissões esportivas ao vivo foi em novembro de 2023, com a exibição do Netflix Cup, que reuniu atletas de duas séries esportivas existentes em seu catálogo: do golfe, por meio da Full Swing, e Fórmula 1, envolvendo a Drive to Survive. O evento está marcado para acontecer no dia 14 de novembro, no Wynn Golf Club, em Las Vegas. “Apesar do WWE ser mais entretenimento do que propriamente um esporte, isso mostra que a Netflix está investindo além da música e de outros tipos de conteúdo ao vivo. E pode ser um sinal de que a plataforma vai passar a brigar por direitos das grandes competições”, aponta Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da consultoria Let’s Goal.

A WWE tem uma produção semanal de quatro programas voltados para a luta livre, transmitidos por pay-per-view. O acordo contratual com a Netflix não prevê custo adicional aos seus assinantes.

O principal objetivo da plataforma de streaming, que até então contava com um extenso catálogo de filmes e séries esportivas, é passar a competir com outras empresas nas transmissões esportivas ao vivo. “A Netflix deixou de ser um lugar para se buscar séries e filmes quando quiser, e passou a ser um concorrente dos canais tradicionais pela atenção global dos telespectadores”, analisa Thiago Freitas, diretor da Roc Nation Sports no Brasil.

Os movimentos de concorrentes também explica o novo posicionamento da empresa. A razão por procurar competições de menor porte tem a ver com os cuidados da empresa com investimentos exorbitantes, visto que o número de assinantes não cresceu neste último ano. Por outro lado, a Netflix não quer se ver atrás na concorrência com outros players do setor, casos da Apple TV+, que passou a transmitir MLB e MLS, da Amazon Prime Video, que detém os direitos da NFL e NBA, e também da Paramount+, que passou a exibir a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana no Brasil. “Apesar de ainda tímida, a entrada da Netflix neste universo vai mexer com a indústria, gerando um impacto que envolve não apenas cifras, mas no modo como as transmissões poderão ser feitas. Estamos falando de uma empresa de streaming que é referência em esporte e entretenimento”, complementa Renê Salviano, diretor da empresa de marketing esportivo Heatmap.

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