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Nascimento de unicórnios aumenta visibilidade e traz investidores ao país

Em 2018, enquanto o PIB ficou estável, os investimentos em startups brasileiras cresceram 55%, atraindo 1,3 bilhão de dólares ao país

Por Larissa Quintino Atualizado em 5 jul 2019, 12h09 - Publicado em 5 jul 2019, 12h07

Uma startup unicórnio não nasce da noite para o dia e, o que separa uma ideia inovadora de um grande negócio  – e, quem sabe, entrar no clube do bilhão – são os investimentos. Com o crescimento do bolo das companhias bilionária do país, investidores estrangeiros estão de olho no que é feito aqui, e com isso, é possível que haja mais fatias do doce para outras startups.

Os fundos americanos são os mais ativos no Brasil: 71% em 2017, segundo um levantamento feito pela Associação Latino-americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca). Esses fundos investem tanto em seeds (sementes, em tradução livre), investimento inicial, quanto em rodadas  que são nomeadas por série: A, B, C , D e assim por diante. Nessas etapas os fundos procuram empresas no estágio de growth (crescimento, em tradução livre), e as cifras que circulam são bem altas.

Segundo Gustavo Gierun, co-fundador da Distrito, uma plataforma de inovação e conexão entre startups, empresas e investidores  – a entrada de grandes players, como o japonês Softbank, com os recentes investimentos, traz confiança para que mais fundos façam aportes iniciais e potencializem o mercado.

Em junho, o Softbank fez um aporte de 100 milhões de dólares da Loggi, empresa de motofrete por app. O investimento fez com que a empresa entrasse no grupo dos unicórnios. Uma semana depois, a Gympass confirmou que havia recebido 300 milhões de dólares capitaneado pelo fundo japonês, também se confirmando com mais uma empresa bilionária no país.

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Para Scott Sobel, co-fundador do fundo americano Valor Capital Group, grupo crossborder que tem participação na Gympass e Stone, o boom dos unicórnios em 2018 e 2019 no Brasil, não é pontual. “Estamos vendo empresas amadurecerem e expandirem com ideias inovadoras e muito talento de quem faz. É algo especial no mercado brasileiro. Estamos animados com o que está por vir”, disse o chefe do grupo de venture capital.

Segundo Sobel, a expectativa grande em cima do Brasil não é apenas para o desenvolvimento de produtos e soluções, como Gympass e Loggi, mas em desenvolvimento de tecnologia. Um exemplo, segundo ele, é o investimento de 20 milhões de dólares feito em junho na startup pernambucana In Loco, que trabalha com geolocalização para melhorar a percepção de mapas dentro de ambientes fechados. “No Brasil estão sendo desenvolvidas coisas que é possível usar no mundo inteiro, e é isso que mais nos anima”, afirma.

Para Anderson Thees, sócio da Redpoint Ventures, fundo brasileiro de venture capital e um dos investidores do Nubank, o grande destaque da expansão dos unicórnios brasileiros é a contramão com o caminhar da economia. “É espetacular é ver esse ciclo amadurecer em um contexto do que foi a maior crise macroeconômica do país. É um atestado do potencial e descolamento do segmento”.

Em 2018, quando se ouviu falar no primeiro unicórnio brasileiro, a 99, o Produto Interno Bruto (PIB) do país, foi de 1,1%, estável em relação ao ano anterior. No mesmo período,os investimentos em startups brasileiras cresceram 55%, com 1,3 bilhão de dólares, conforme levantamento da Lavca.

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