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Motoristas usam WhatsApp para descobrir onde há combustível em SP

A greve dos caminhoneiros chega ao nono dia de paralisação e está promovendo uma corrida por combustível em todo o Brasil

Por Thaís Augusto Atualizado em 29 Maio 2018, 18h22 - Publicado em 29 Maio 2018, 16h16

Motoristas, profissionais ou não, e motoboys estão usando grupos de WhatsApp para descobrir onde há combustível em São Paulo. Foi o caso do motorista de aplicativos William Fernandes, 27, que foi até o posto de gasolina Alto de Pinheiros, localizado na rua Macunis, em São Paulo, após ser alertado por colegas pelo grupo de WhatsApp.

“Vim para cá cedo porque sabia que teria fila”, contou. “Ontem, não consegui trabalhar e perdi de 500 reais a 700 reais em rendimento”.

Willian estava na fila há menos de 2 horas quando foi atendido. Segundo ele, o preço do álcool estava dentro do padrão – o litro era vendido por 2,70 reais.

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Fernandes é a favor da greve dos caminhoneiros – que chega ao nono dia de paralisação nesta terça. A manifestação está dificultando o abastecimento de combustível e produtos em todo o país.

O motoboy Joaquim Magalhães, 35, estava na fila há 2 horas e próximo de ser atendido. “É o segundo posto de gasolina hoje. No primeiro, fiquei na fila porque falaram que ia chegar, mas depois avisaram que não tinha previsão”.

Com a falta de combustível, Magalhães ficou dois dias sem trabalhar. “Com certeza perdi dinheiro, mas quem não perdeu? Foram mais de 2.000 reais”, contou. “Amanhã já vou ter que abastecer de novo. Rodamos mais de 300 quilômetros por dia, não tenho um roteiro certo, mandam a gente para a zona leste, depois para a zona sul.“.

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Ele contou como funciona a comunicação entre motoboys por grupo de WhatsApp. “Acho que amanhã não vai mais ter combustível aqui. Vamos nos comunicando [motoboys], perguntando onde tem combustível, onde vai chegar e tentando a sorte”, contou.

Magalhães sentiu a diferença de preços no bolso desde o início da greve. “Os combustíveis estão mais caros. Onde costumo abastecer estava de 0,50 reais até 1,50 reais mais caro por litro”.

O motorista particular Luiz Figueiredo, 47, abasteceu o carro na quinta-feira passada. Procurou combustível nesta terça-feira para continuar trabalhando.

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“Ouvi falar que teria gasolina aqui. Tive cuidado nesses últimos dias para continuar trabalhando, não tive prejuízo”, disse.

Luiz Jardim Figueiredo aguarda para abastecer em posto de combustíveis em São Paulo (SP) - 28/05/2018
Luiz Jardim Figueiredo aguarda para abastecer em posto de combustível em São Paulo – 28/05/2018 (Thais Augusto/VEJA.com)

Na quinta-feira, ele pagou 5,09 reais no litro da gasolina . Hoje, o litro era vendido por 4,59 reais no posto Alto de Pinheiros. “É muito caro. Antes da greve, estava abastecendo a 3,90 reais. De uma hora pra outra subiu muito.”

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Figueiredo também é a favor da greve. “Os caminhoneiros trabalham demais, o pedágio e o combustível são caros, a estrada é ruim.”

O também motorista Cláudio Mathias, 48, ficou sabendo do reabastecimento do posto de gasolina e foi até Pinheiros para conseguir combustível. “Trabalhei todos esses dias, mas fiz viagens mais próximas de casa”, afirmou.

Mathias havia abastecido seu veículo na última segunda-feira. “Cheguei aqui às 8h30, achei que ia esperar mais tempo”. Ele conseguir chegar a bomba por volta das 10h.

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“Sempre abasteço aqui, o preço está mais ou menos. Normal não está”, disse ele. “Sou a favor da greve em partes. Acho que passaram um pouco do limite e acabou prejudicando muita gente que não tinha nada a ver com a história deles”.

No posto Alto de Pinheiros, o combustível deve durar até o final do dia, segundo funcionários. Normalmente, a quantidade de 15.000 litros seria suficiente para uma semana.

 

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