A agência de classificação de risco Moody’s baixou nesta quarta-feira entre um e três níveis a nota dos principais grupos industriais e bancários da Itália, um dia depois de ter rebaixado a nota dos títulos do Estado italiano.
A Moody’s anunciou ter rebaixado a nota da ENI (petróleo), Enel (eletricidade), Poste Italiane (correios), Terna (transmissão de eletricidade), Finmeccanica (tecnologia aeroespacial e de defensa), assim como os dois principais bancos privados do país, UniCredit e Intesa Sanpaolo.
No caso do ENI, apesar de ter “uma sólida posição empresarial”, a agência afirmou que baixou sua nota de AA3 para A1, em um nível, com perspectiva negativa, praticamente sem possibilidades de receber uma ajuda especial do governo italiano e enfrentando uma competição cada vez maior no setor energético doméstico.
O grupo de energia Enel também perdeu um degrau, com a nota de sua dívida de longo prazo passando de A2 para A3, pelas mesmas razões de uma pouco provável ajuda do governo de Roma.
A Terba ficou agora localizada no nível A3 (menos um), Finmeccanica em Baa2 (menos dois), UniCredit e Intesa Sanpaolo em A2 (menos dois) e Poste Italiane em A2 (menos três).
Na terça-feira, a Moody’s baixou para A2 a nota dos títulos do Estado italiano, contra Aa2 anteriormente, devido aos riscos de financiamento da dívida no longo prazo e da inércia do crescimento italiano.
A agência tinha anunciado em 16 de setembro passado que prolongaria o período do exame da qualificação soberana da Itália para ter tempo de examinar as medidas orçamentárias adotadas em meados de setembro.