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Moody’s rebaixa nota da dívida espanhola em dois degraus

Por Dominique Faget
18 out 2011, 20h56

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou nesta terça-feira a nota da dívida espanhola em dois degraus, de Aa2 para A1, afirmando que o país é “vulnerável às tensões nos mercados”, e que não surgiu uma solução “confiável” para a crise na Europa.

Os títulos do Estado espanhol de longo prazo recebem agora a nota A1 por parte da agência de classificação, com a qual o país europeu perde seu status de emissor de alta qualidade para ficar no nível dos emissores sólidos, mas suscetíveis a mudanças de conjuntura econômica.

A1 é a quinta melhor nota na escala da Moody’s.

A agência justificou sua decisão afirmando que considera que “a Espanha continua vulnerável a tensões nos mercados”, seu crescimento econômico alcançará no máximo 1% em 2012 (e não 1,8% como a Moody’s estimava até agora), e isso “tornará ainda mais difícil alcançar as ambiciosas metas orçamentárias” do país.

A Moody’s advertiu que o estresse será maior para a Espanha em razão do lento crescimento, que tornará os cortes orçamentários ainda mais dolorosos para o governo que surgir nas eleições gerais de 20 de novembro.

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“Desde que colocamos as notas sob revisão, em julho de 2011, nenhuma solução confiável para a atual crise da dívida soberana surgiu, e levará tempo para que a confiança na coesão política da Zona Euro e as perspectivas de crescimento sejam plenamente reestruturadas”, afirmou a agência.

A Moody’s recordou que sua decisão de baixar a nota de Madri se segue à sanção à Itália, que caiu três degraus a “A2” no início do mês, e à ameaça de 7 de outubro de reduzir a nota da Bélgica (“Aa1”).

A agência manteve a “perspectiva negativa” para a Espanha, o que “reflete os riscos sobre o país de um eventual agravamento da crise da zona do euro”.

Segundo a Moody’s, a Espanha já não é um emissor de alta qualidade porque o país está exposto a um “possível contágio” de choques externos e de suas próprias “fragilidades internas”.

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A agência avalia que a força da economia espanhola a longo prazo “já não é muito elevada, apenas média, diante de um reequilíbrio econômico que se anuncia longo”.

A Espanha emitiu hoje 4,602 bilhões de euros em bônus a 12 e 18 meses, e mantém taxas estáveis em relação às últimas emissões, apesar da queda de sua nota.

A Moody’s se mostrou hoje mais dura com a Espanha que a Standard and Poor’s e Fitch, que reduziram a nota do país europeu para AA- (quarta melhor nota) nos últimos 15 dias.

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