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Moeda do Japão cai ao menor patamar em 34 anos

Abertura de mercado: com o fim da política de juros negativos, investidores começam a apostar que as novas subidas, em movimento contrário a outros países

Por Tássia Kastner
27 mar 2024, 09h09

Em dias de noticiário fraco no mundo, que já está em ritmo de feriado de Páscoa, o Japão ganha a atenção dos investidores. É que a moeda do país caiu ao menor patamar frente ao dólar em 34 anos. A janela de tempo é simbólica porque a bolsa de Tóquio está no maior patamar em 34 anos.

Acontece que investidores não esperavam nova desvalorização do Iene. Na semana passada, o banco central japonês encerrou a política de juros negativos que se estendeu por mais de uma década, isso após a inflação finalmente se consolidar no campo positivo, com uma ajuda da Covid e da guerra na Ucrânia.

A subida de juros deveria estancar a desvalorização da moeda. A chave desse argumento está na forma como investidores movem dinheiro ao redor do mundo, sempre baseados nas diferenças de taxas de juros entre os países. O gap de rendimento entre o dinheiro no Japão e nos EUA deveria diminuir, elevando relativamente a atratividade do mercado japonês. Mas, finda a política de juros negativos, investidores começaram a apostar que as novas subidas na taxa serão graduais. E isso num cenário em que as três quedas dos juros nos Estados Unidos para este ano estão novamente em xeque.

Por outro lado, a bolsa de Tóquio voltou a subir, acompanhando o bom humor internacional nesta manhã. O sinal também é positivo na Europa e nos futuros americanos.

Na contramão vai a China, com queda nos índices CSI e Hang Seng, associada a uma baixa nas ações de tecnologia do país. A queda é também um exemplo anedótico do pessimismo geral com a economia chinesa. Nem mesmo a divulgação de que o setor industrial fechou 2023 com lucro foi o bastante para empurrar as bolsas.

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Já o Brasil continua ocupado com dilemas domésticos. Ontem, a ata do Copom mostrou que os diretores do BC estão preocupados com a alta dos salários e o impacto que ela pode ter sobre a inflação futura. Essa foi a explicação para mudar a forma de condução da política monetária a partir das próximas reuniões.

Nesta quarta, então, investidores vão se debruçar sobre os dados de trabalho do mercado formal, contabilizados pelo Caged. Eles querem saber como vai a evolução dos salários para reajustar as expectativas, isso após o IPCA-15 de ontem ter vindo acima das estimativas de economistas.

Enquanto isso, a bolsa brasileira continua empacada. Pelo segundo dia seguido, o Ibovespa fechou praticamente estável, mas com viés negativo (-0,05%). Não há cotação para o EWZ nesta manhã, mas os negócios com Vale (-0,08%) e Petrobras (+0,07%) no pré-mercado indicam que a estagnação pode continuar.

Agenda do dia

8h: FGV divulga IGP-M de março
14h: Ministério do Trabalho anuncia dados do Caged de fevereiro
14h: Haddad, Alckmin e o presidente da França, Emmanuel Macron, participam do Fórum Econômico Brasil-França, na Fiesp, em SP
17h30: Diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, profere aula inaugural para alunos de graduação do Instituto de Economia da Unicamp
Balanços: Hapvida, Marfrig, Oi e Rumo, após o fechamento

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