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Minério despenca 5,4% após corte agressivo de juros na China

Abertura de mercado: ação do banco central chinês preocupa investidores que temem por colapso do setor imobiliário; por aqui, reoneração volta a pauta

Por Tássia Kastner
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h09 - Publicado em 20 fev 2024, 09h01

A economia chinesa se converteu em uma espécie de areia movediça: a cada movimento feito para sair da armadilha, o investidor parece afundar mais. Nesta madrugada, o país anunciou o maior corte da história nas taxas de juros de cinco anos, que servem de referência para o financiamento imobiliário. Ela caiu de 4,2% para 3,95%, no primeiro movimento desde junho de 2023.

Só que, em vez de impulsionar os mercados financeiros, a medida espalhou uma onda de pessimismo pelo mundo, como se a ação extrema fosse uma espécie de sinal de desespero para salvar um setor em colapso. Uma parte importante da desaceleração da economia chinesa é atribuída a crise na construção civil, cujo símbolo máximo é a falência da construtora Evergrande. Também pesou o fato de que o banco central chinês não mexeu nos juros de um ano, que ajudam as empresas em geral.

As bolsas chinesas, vale dizer, avançaram modestamente, se considerado o tamanho do tombo acumulado e a magnitude do corte de juros. O CSI 300 subiu 0,21%. Medida mais fiel, no entanto, é minério de ferro. A commodity negociada em Dalian tombou 5,4%, o que pesa sobre as ações da Vale e outras mineradoras. O petróleo também amanhece no negativo.

Os futuros em Nova York voltam do feriado também em baixa, acompanhando a movimentação chinesa enquanto esperam novidades mais bombásticas na quarta-feira. Amanhã, o Fed divulga a ata da sua última reunião. No documento, investidores vão buscar mais pistas de quando ocorrerá o primeiro corte de juros nos EUA – as apostas medidas pela ferramenta da CME indicam que é coisa para a reunião de junho. E também amanhã, depois que o mercado fechar, sai o balanço da Nvidia, a empresa que se consolida como líder no mundo da inteligência artificial.

Então hoje, em dia de agenda fraca, investidores decidiram abraçar a melancolia chinesa. Na Europa, as bolsas também cedem.

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De forma contraintuitiva, o EWZ – ETF da bolsa brasileira em Nova York – vai subindo 0,7% nesta manhã, ignorando o tombo de mais de 2% nos papéis da Vale.

Aqui, investidores acompanham a temporada de balanços e as articulações da pauta econômica no Congresso. Pela manhã, Lula se reúne com ministros em Brasília. À tarde, o assunto é a reoneração da folha de pagamento.

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