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Metroviários dizem que linhas do Metrô serão ‘privatizadas’

Metrô rebate sindicato e diz que vai conceder a operação das linhas, não o ativo

Por Bianca Lemos
Atualizado em 18 jan 2018, 11h00 - Publicado em 18 jan 2018, 09h00

Os metroviários de São Paulo aprovaram em assembleia na noite de ontem realizar uma greve de 24 horas nesta quinta-feira, 18. Segundo o Metrô, algumas estações foram reabertas pouco antes das 7h. Apenas a linha 4-amarela funciona totalmente.

Os metroviários Felipe Guanieri e Altino de Melo, ambos sindicalistas, diziam às pessoas que chegavam à estação Jabaquara, por volta das 5h40, que o protesto era contra a privatização das linhas 5-lilás e 17-ouro e o aumento da passagem. O resultado da licitação será conhecido amanhã, na Bolsa de Valores de São Paulo.

De acordo com Guanieri, a paralisação foi convocada para defender os interesses do povo e protestar contra o que chamou de ‘privatização do Metrô’.

“Esse protesto é contra esse leilão que está marcado para ocorrer amanhã, na Bolsa de Valores, e contra o aumento da passagem. O prefeito João Doria diz que 4 reais facilita o troco, mas 2 reais também facilita”, criticou ele.

O sindicato planeja realizar um protesto amanhã na porta da Bolsa, na região central de São Paulo.

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Para Guanieri, a precariedade dos transportes públicos não vale o preço da passagem, já que o dinheiro não é investido em ações que beneficiem o passageiro. “A população apoia nossa luta porque sente na pele.Os trabalhadores demoram de duas a três horas para chegar ao trabalho e não têm acesso ao transporte aos finais de semana porque é caro. Os empresários lucram com essa política”, explica.

Chamando as pessoas para explicar a razão da greve, o operador Altino de Melo dizia que a política de privatização vai redirecionar os lucros das passagens para as grandes empresas e causar prejuízo ao estado.

Melo aproveitou a atenção do público para pedir o apoio a uma possível greve geral dos transportes, para defender a aposentadoria e os “poucos direitos que ainda restam”. “Se no dia 19 de fevereiro eles mexerem na Previdência, nós do Metrô, e o pessoal dos ônibus, vamos parar esse país todinho.”

O sindicalista fez uma enquete, perguntando quem era a favor dos lucros do Metrô serem destinados à sociedade. A maioria levantou a mão.

Embora o fluxo de pessoas aumentasse com o passar das horas, não foram registrados brigas ou confusão do lado de fora da estação.

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Os pontos de ônibus, entretanto estavam lotados. Os passageiros que não conseguiam viajar de trem acabaram buscando o ônibus como opção de transporte.

Outro lado

Em nota publicada em seu site,o Metrô informou que o governo de São Paulo vai conceder apenas a operação comercial das linhas 5 e 17”. “O ativo não faz parte desse processo, como erroneamente afirma o Sindicato dos Metroviários. Não se trata de privatização.

O Metrô afirma ainda que o edital de licitação passou por ampla revisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, de 26/9 a 19/12/2017. “Nestes 85 dias, o órgão solicitou apenas alteração em um único item do edital, liberando-o, em seguida, para publicação.”

A empresa também rebateu as acusações do sindicato, de que o processo de licitação era um ‘jogo de cartas marcadas’, com o vencedor já decidido: a CCR.

“Está inteiramente equivocada a afirmação de que seria a CCR o único consórcio capaz de vencer o leilão. Em setembro de 2017, equipe do governo de São Paulo fez roadshow e fez contato com pelo menos quatro grupos europeus capacitados para participar da licitação, que ocorre na modalidade internacional justamente para ampliar a concorrência.”

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