Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Merkel diz que Europa levará anos para sair da crise

Chanceler alemã ressaltou recuperação, mas bolsas fecharam em baixa nesta quarta

Por Da Redação
14 dez 2011, 14h22

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira que os compromissos adquiridos pelos estados europeus para uma maior disciplina orçamentária definiram os contornos de uma verdadeira união política, mas admitiu que a saída da crise atual levará anos.

A chefe do governo alemão alertou ainda para os perigos de este processo estar acompanhado de reveses em alguns momentos, mas também enfatizou que a Europa “não só superará a crise, mas também sairá mais forte dela”.

Merkel voltou a lamentar a decisão de Londres de não aderir ao acordo, mas afirmou que “o Reino Unido continuará sendo um sócio importante da União Europeia no futuro, principalmente em temas como a política exterior, segurança, competitividade e na luta contra as mudanças climáticas”. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, por sua vez, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de renegociação de um novo tratado com a UE. Segundo Cameron, ele não se arrepende de ter sido o único dos 27 líderes a vetar um novo tratado destinado a salvar o euro, formalizado na semana passada em Bruxelas.

Apesar da tentativa de Merkel de ilustrar um cenário de recuperação, as principais bolsas europeias fecharam a sessão de quarta-feira com perdas entre 1,75% e 3,33%, refletindo a continuidade dos temores de mercado em relação à crise da dívida na zona do euro e às advertências das agências de classificação. Paris liderou a queda com -3,33%, seguida de Milão com -2,84%, Londres recuou 2,25%, Madri perdeu 1,75% e Frankfurt caiu 1,72%. Já o euro era negociado nesta quarta-feira abaixo de 1,30 dólar, o menor valor desde 12 de janeiro, em meio aos temores sobre a ampliação da crise na Eurozona. Às 14H20 GMT (12H20 de Brasília), a moeda europeia era cotada a 1,2971 dólares.

“O euro está sob pressão porque os mercados estão decepcionados com o resultado da reunião europeia, considerada insuficiente para combater a crise fiscal e bancária”, disse o economista Neil MacKinnon, do VTB Capital.

Continua após a publicidade

Como medida de prevenção à crise, o conselho de ministros alemão anunciou nesta quarta-feira a reativação do fundo de ajuda aos bancos, o SoFFin, criado em 2008 e que pode voltar a ser necessário, uma vez que seis bancos alemães podem precisar de recapitalização. O texto de reativação do fundo, dotado de 400 bilhões de euros de garantias e de 80 bilhões de euros em meios de recapitalização, foi aprovado no último conselho de ministros do ano. O texto deve ser votado agora pela câmara baixa do Parlamento, o Bundestag, e pode entrar em vigor em fevereiro.

A Itália, por sua vez, emitiu nesta quarta-feira bônus por 3 bilhões de euros a cinco anos, com taxas de juros em alta. Os juros subiram a 6,47%, contra 6,29% na última operação similar, em 14 de novembro. A demanda foi sustentada e chegou a 4,252 bilhões de euros, o que permitiu ao tesouro italiano captar o máximo de dinheiro previsto.

(Com Agence France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.