Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mercado espera inflação dentro do limite da meta pela 1ª vez desde 2020

As estimativas atuais indicam que o IPCA deve encerrar o ano em uma faixa entre 4,45% e 4,50%, dentro do intervalo de tolerância

Por Luana Zanobia Atualizado em 10 jan 2024, 12h59 - Publicado em 10 jan 2024, 12h31

A aguardada divulgação da inflação oficial do Brasil em 2023 está marcada para esta quinta-feira, 11. As estimativas atuais indicam que o IPCA deve encerrar o ano em uma faixa entre 4,45% e 4,50%, mantendo-se dentro do limite estabelecido para a meta inflacionária pela primeira vez desde 2020. O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta em 3,25%, com uma margem de oscilação de 1,5%, permitindo valores entre 1,75% e 4,75%. Essa projeção contraria as expectativas pessimistas iniciais do ano, que previam uma inflação superior a 5%.

O Boletim Focus do início do ano passado projetava uma inflação fechada de 5,31%, reflexo do histórico inflacionário do país e das incertezas relacionadas à condução econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entretanto, a atmosfera de instabilidade inicial transformou-se à medida que o governo demonstrou comprometimento com o novo arcabouço fiscal, destacando a intenção de zerar o déficit em 2024 e implementar reformas, incluindo a tributária. Essas medidas transmitiram sinais de responsabilidade fiscal e estabilidade, dissipando preocupações e pavimentando o caminho para uma economia mais robusta.

Além de sinalizações mais positivas no lado político, o governo também contou com a sorte  da supersafra agrícola, que desempenhou um papel importante na redução dos índices inflacionários dos alimentos. Além de beneficiar as exportações e influenciar positivamente a cotação do dólar, a maior oferta de grãos impactou diretamente o subgrupo de Alimentação no domicílio. A queda nos preços das carnes, que Lula incorporou em sua retórica política, foi, na verdade, uma ramificação da produtividade acima da média do agronegócio, que contribui para o controle inflacionário e também foi elencando como um dos principais fatores para o crescimento econômico, previsto para encerrar próximo de 3%.

A diminuição das taxas de juros, que começaram o ano em 13,75% e encerrará em 11,75%, também desempenhou uma função crucial no efetivo controle da escalada dos preços. Os juros, ao exercerem uma pressão sobre o poder de consumo, atuaram como um mecanismo de moderação para a economia, promovendo a desaceleração inflacionária. Adicionalmente, o comportamento positivo dos preços das commodities, como o petróleo, desempenhou um papel complementar na contenção inflacionária, contrabalançando os efeitos da reoneração dos combustíveis.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.